A partir do dia 28 de março, a Amazon implementará mudanças significativas no armazenamento das gravações de voz feitas em seus dispositivos Echo.
Até então, modelos como o Echo Dot de quarta geração, Echo Show 10 e Echo Show 15 permitiam que os comandos de voz fossem processados diretamente nos dispositivos. Agora, essa possibilidade será eliminada, segundo informações do site americano Ars Technica.
A empresa notificou parte de seus clientes por e-mail sobre a indisponibilidade da opção de “não enviar gravações de voz” para a nuvem. A mudança aconteceu pouco antes do lançamento da Alexa+, a nova inteligência artificial generativa da Amazon, que exigirá maior capacidade de processamento em nuvem.
Novas diretrizes e reações dos usuários
Com o objetivo de expandir as capacidades de sua tecnologia, a Amazon afirma que a mudança é necessária. Assim, os novos recursos de IA generativa dependerão da nuvem segura da empresa para funcionar plenamente, conforme a mensagem enviada aos clientes.
Muitos usuários dos aparelhos expressaram insatisfação com a mudança, levantando preocupações sobre a privacidade.
Esse temor não é novo, visto que a Amazon já enfrentou processos judiciais por questões similares. Em 2023, a empresa desembolsou US$ 25 milhões para encerrar um processo relacionado ao armazenamento indevido de gravações de voz de menores.
Impacto no Brasil e medidas de segurança
Para os usuários brasileiros, a mudança passará despercebida. A Amazon revelou que o recurso já não estava disponível no Brasil; logo, não haverá nenhuma alteração para os clientes do país.
Mesmo assim, a empresa reafirma seu compromisso com a segurança dos dados, garantindo que as gravações serão criptografadas e protegidas.
Embora o envio das gravações para a nuvem seja inevitável, a Amazon assegura que seus clientes ainda terão acesso a um conjunto de ferramentas de controle de privacidade. Estas incluem a opção de não salvar permanentemente as gravações de voz, oferecendo alguma segurança e respeito às suas informações pessoais.
