Em discurso de posse, Sergio Moro defende fortalecimento da PF e do Depen

Em cerimônia de transmissão, ministro da Justiça e Segurança Pública afirmou que pretende reforçar PF e Depen. Propostas podem gerar novos concursos públicos.



Nesta quarta-feira, 2, na presença do presidente Jair Bolsonaro, quatro ministros diretamente ligados à Presidência da República assumiram os cargos. Entre eles, Sergio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública.

Durante a cerimônia, realizada no Palácio do Planalto, Moro fez um longo discurso, onde apresentou as propostas para sua gestão e sinalizou que pretende dar continuidade aos projetos de seus antecessores no cargo.

O ministro deu grande enfoque a um de seus temas mais caros, o combate à corrupção. Além disso, ressaltou o empenho em combater o crime organizado. Para diminuir a força dos grupos que atuam nas prisões, o ministro falou sobre adotar “leis mais eficazes, com inteligência e operações coordenadas entre as diversas agências policiais, federais e estaduais”.

Impacto nos concursos públicos

Sobre a reestruturação do sistema penitenciário brasileiro e o fortalecimento das equipes de força tarefa da Polícia Federal, ele afirmou que “um dos imediatos compromissos, não meu, mas que me foi apresentado pelo Diretor-Geral da Polícia Federal será o de reestruturar e fortalecer as diversas Forças tarefas e equipes policiais encarregadas de investigar a grande corrupção”.

Essas propostas podem impactar diretamente nos concursos públicos, seja na publicação de novos editais ou, ainda, na convocação de excedentes de seleções cujo prazo de validade está ativo.

Um dos pontos da reestruturação que tange à Polícia Federal é a ampliação do quadro de pessoal. Atualmente a corporação tem um déficit superior a 3 mil servidores. A fala do ministro levanta expectativas quanto a autorização de certames ao longo dos próximos quatro anos.

Depen e Polícia Rodoviária também foram mencionados no discurso

Em relação ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Moro frisou que “precisamos com investimentos e inteligência recuperar o controle do Estado sobre as prisões brasileiras”.

Antes mesmo da posse no cargo, o ministro declarou que pretende unir as áreas de inteligência da PF e do Depen. A estratégia é uma das ferramentas para o combate ao crime organizado dentro do sistema prisional.

Além da Polícia Federal e do Depen, Sergio Moro afirmou que a pretensão de que a Polícia Rodoviária Federal e todos os demais órgãos de controle e inteligência, trabalhem com os recursos e liberdades necessárias.

Presente na cerimônia, o ex-ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, já havia tratado da necessidade de um novo concurso para o Departamento Penitenciário Nacional. Na época, Jungmann afirmou que o entrave para a liberação do edital eram as questões orçamentárias.




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