Laissez-faire

Conheça o significado e origem do termo "laissez-faire" e entenda sua relação com a expressão "mão invisível do mercado".



O termo laissez-faire é de origem francesa e significa “deixe fazer”. Influenciados por Pierre de Boisguilbert, que usava a frase “laisse faire la nature” (“deixe a natureza em paz”), os economistas adotaram o termo para se remeter a liberdade econômica e ao Estado Mínimo.

Criadas no século XVI, as teses do liberalismo econômico surgiram com objetivo de combater o mercantilismo. Com o avanço do capitalismo, as práticas mercantilistas predominantes na época se tornaram obsoletas. A liberdade econômica começou a ser discutida, e a intervenção estatal, questionada.

O principal propagador das ideias liberais foi Adam Smith, economista e pensador britânico, nascido na Escócia. Smith defendia que a iniciativa privada agisse livremente, sem nenhuma intervenção do Estado. Além disso, é dono da famosa frase: “O mercador ou comerciante, movido apenas pelo seu próprio interesse, é levado por uma ‘mão invisível’ a promover algo que nunca fez parte do interesse dele: o bem-estar da sociedade”.

O que é a mão invisível do mercado?

Segundo Adam Smith, caso a economia funcionasse livremente, sem nenhuma intervenção de órgãos externos ou do governo, ela se regularia automaticamente, como se houvesse uma mão invisível por trás de tudo. Essa mão invisível faria com que os preços dos produtos fossem ditados pelo próprio mercado, conforme cada necessidade específica.

Essa teoria se comprova na prática. Podemos observar, por exemplo, quando algum produto está em falta no mercado. No momento em que a demanda se torna muito grande, imediatamente os vendedores aumentam o preço desse item, visto que haverá muitos consumidores interessados.

Da mesma forma, quando há produtos em excesso e pouca demanda, os fabricantes reduzem o preço. Logo, os clientes comprarão dele e não dos concorrentes. Assim, percebe-se que o próprio mercado regula seus preços, segundo o aumento ou decréscimo da demanda.

Origem do termo laissez-faire

O primeiro uso dessa expressão se deu na era francesa mercantilista, por meio da Fisiocracia. Os fisiocratas, influenciados por Pierre de Boisguilbert, acreditavam que a agricultura deveria produzir a maior riqueza explorada, superando os outros setores da economia. Pierre era o dono da frase “laisse faire la nature” (“deixe a natureza em paz”), como forma de negação ao controle do comércio na França.

O escritor Marquês D’Argenson, em 1751, foi o responsável pelo primeiro registro dessa expressão. Em uma de suas obras, que descrevia o cenário politico francês da época, o escritor associou esta frase ao liberalismo econômico.

Os fundamentos da expressão se popularizam nos Estados Unidos e na Europa a partir do século XIX e do início do século XX.

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