O que é liberalismo econômico?

Entenda o significado do termo, as características do modelo liberal e a aplicação do liberalismo no Brasil.



O liberalismo econômico defende a livre economia de mercado, sem nenhuma intervenção do Estado. Ou seja, a liberdade máxima para fazer escolhas de consumo, marcada pela livre oferta e procura. A formação dos preços a partir dos benefícios acima dos custos e a defesa da propriedade privada também são características do liberalismo.

Essa liberdade nas transações econômicas seria possível por meio da concorrência entre os vendedores e, também, da ausência de impostos. As primeiras ideias do liberalismo econômico surgiram na França mercantilista, em meados do século XVIII.

Foi Adam Smith um dos principais pensadores da ideologia liberal. Britânico, nascido na Escócia, Smith acreditava que os indivíduos de um mercado, ofertam bens e serviços em benefício próprio, mas que beneficiavam a sociedade, como se houvesse uma “mão invisível” a orientá-los. Essa mão invisível torna irrelevante um governo que imponha regras.

Vantagem Comparativa

Nessa corrente, o ideal seria que cada país se especializasse apenas nos produtos que tivessem a capacidade de produzir em maior escala, comparado aos outros países. Ou seja, seria uma espécie de divisão internacional do trabalho.

Vamos imaginar que no Brasil seja possível a plantação de trigo e soja, mas o rendimento da soja é maior que o do trigo. Logo, na ideologia liberal, o Brasil deveria se dedicar apenas a plantação de soja, por exemplo.

No século XVIII, quando existiam as colônias, o liberalismo afirmava que alguns países deveriam fornecer somente produtos agrícolas, enquanto outros apenas bens industrializados.

Críticas

No século XIX, o liberalismo econômico será duramente criticado pelo marxismo que defendia a culpa do liberalismo pela concentração de riqueza da burguesia e a pobreza da classe operária. Sendo considerado como ponto máximo do capitalismo, os interesses particulares ficam a frente dos interesses sociais.

Essa corrente perde força após a Segunda Guerra Mundial, onde as economias nacionais foram reorganizadas a partir do Estado. Porém, ainda predominou até a crise financeira global  de 2008.

Desde 2008, o liberalismo vem sendo intensamente questionado. Houve a percepção de que as grandes empresas haviam transformado os imensos lucros de uma minoria em perdas gigantescas para uma maioria- os contribuintes.

Dessa forma, a globalização e o comércio deixaram para trás algumas parcelas da população. Além disso, críticos do liberalismo passaram a ver a China como adversária que conseguiu explorar e driblar todas as regras do sistema internacional em benefício próprio.

Liberalismo no Brasil

Exemplos clássicos de países onde o liberalismo é, de fato, aplicado são os Estados Unidos e a Inglaterra. Já no Brasil, o liberalismo nunca foi, de fato, dominante. Durante o governo FHC, época em que o país mais se aproximou do modelo, houve extremas dificuldades na aplicação de reformas profundas no Estado. Por exemplo, o pouco sucesso da privatização do sistema de telefonia.

Em 2020, com o governo Bolsonaro, o liberalismo econômico volta a fazer parte da estratégia brasileira para a economia. As principais estratégias do Governo seriam o déficit orçamentário no zero por meio da reforma da Previdência, as concessões de petróleo e as privatizações de empresas estatais.

Esse retorno do liberalismo econômico, ficou conhecido como Neoliberalismo.

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