O Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), é a taxa básica de juros da economia do Brasil. Ela é utilizada no mercado interbancário como um método de financiamento de operações que possuem duração diária. Estas são difundidas entre títulos públicos e federais.
Para explicar melhor, pode-se dizer que a taxa Selic calcula a média dia a dia das taxas que um banco cobra um do outro para empréstimos interbancários. Como forma de garantia, os bancos fazem uso dos Títulos Públicos Federais que o governo oferece. Assim sendo, por meio do sistema Selic, há a possibilidade de controlar a emissão e a taxa de juros de títulos.
Assim sendo, ao ser realizado um empréstimo entre bancos, a transação é registrada pelo sistema Selic. Paralelamente, fica registrada também a taxa cobrada por cada financiamento. A partir daí se obtém uma média ponderada. Esta origina a taxa Selic.
Taxa Selic: como é definida?
A taxa Selic é um assunto discutido periodicamente. A cada 45 dias, o Banco Central do Brasil realiza o Comitê de Política Monetária, o COPOM. Nele, uma das pautas é a meta para a taxa.
Portanto, o processo para a definição da taxa Selic funciona da seguinte maneira: primeiro, o governo procura arrecadar fundos para o Tesouro. Posteriormente, em troca de uma rentabilidade, oferece os títulos ao banco. Assim sendo, definem qual será a taxa.
Por lei, os bancos não podem gerar saques em excesso diante dos depósitos. Dessa maneira, ao ter os Títulos sob seu poder, as instituições bancárias têm uma garantia no momento de tomar dinheiro emprestado.
A taxa Selic também é conhecida como Taxa Selic Overnight. Ela recebe esta denominação quando acontece pelos empréstimos interbancários. Mas não se confunda! Aquela taxa Selic que vira e mexe é falada nos noticiários é a taxa Selic Meta. Esta é utilizada como uma Política Monetária no país pelo Banco Central.
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Taxa Selic: como ela afeta a economia do país
As outras taxas de juros do mercado financeiro utilizam a taxa Selic como referência. Por este motivo, ela se torna o piso para os juros no país. Assim sendo, caso ela sofra uma queda, consequentemente, outras como a própria poupança, ou os CDBs e as LCIS e LCAS, mas principalmente o Tesouro Direto, são afetados.
Em contrapartida, há investimentos que tendem a render com baixas da taxa Selic. Um exemplo são as aplicações na Bolsa de Valores como a Bovespa em São Paulo. Neste caso, as empresas que oferecem ações na bolsa, têm a opção de investir mais em sua produção. Fator que fazem os lucros aumentarem. Dessa forma, depois eles são divididos com os acionistas.
Para que se possa entender a importância da Taxa Selic, ela influencia toda economia, fazendo parte deste pacote a inflação, as taxas de câmbio e o consumo da população. Além do mercado financeiro.
Taxa Selic e Inflação: variações
A inflação pode possuir uma relação negativa com a Selic. Isso acontece pelo fato de que ao ocorrer o aumento da taxa Selic, e também das taxas de juros de toda economia, o consumo é diminuído. Ao mesmo tempo, a procura por empréstimos ou financiamento também cresce.
Taxa Selic e Taxas de Câmbio: variações
Quando a taxa Selic possui um aumento, os olhos de investidores externos se voltam para o Brasil. Dessa forma, eles procuram o Real para que possam fazer aplicações aqui no país.
Dessa forma, a moeda brasileira se valoriza, em decorrência da grande procura. O que abre a possibilidade de compra de mais dólares ou outras moedas estrangeiras.
Taxa Selic e Consumo: variações
Se a Selic aumenta, as ações na Bolsa sofrem uma desvalorização. A explicação para isso é que tanto as pessoas, quanto as empresas passam a procurar menos crédito aos bancos com as taxas mais altas.
Concomitantemente, a inflação também segue o mesmo caminho. Assim sendo, com uma menor procura, os preços de vários produtos na economia são reduzidos.
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