Segundo dados de uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o principal motivo que leva os brasileiros a pedir um empréstimo pessoal ou consignado é o pagamento de dívidas.
Geralmente, o destino são as faturas atrasadas do cartão de crédito, prestações de financiamentos e lojas, ou até mesmo de empréstimos anteriores.
Outra finalidade comum para o empréstimo é a realização de sonhos. Abrir um comércio, dar entrada em um imóvel, como a casa própria, comprar um carro, dar um impulso nos negócios, são apenas alguns dos exemplos.
No entanto, assim como as demais linhas de crédito, os empréstimos não fogem à regra quando o assunto são os juros e multas por atraso. Por isso, ter um planejamento sobre o que fazer com dinheiro é fundamental para não acabar à mercê do endividamento.
Confira a seguir 5 dicas de como se planejar para pagar um empréstimo pessoal.
1 — Detalhe todos os gastos
Em primeiro lugar, a pessoa que solicitar o empréstimo deve entender a necessidade do dinheiro. Partindo daí, é importante fazer uma análise detalhada dos gastos mensais, de custo fixo (aluguéis, impostos, alimentação), lazer e dívidas de parcelamento e com prestação.
Em boa parte dos casos, isso ajuda a reduzir despesas desnecessárias e consequente permitir uma grana extra no final do mês. A longo prazo, isso evitaria até mesmo a urgência de um empréstimo.
2 — Renegocie a dívida
Quem estiver devendo para algum banco, estabelecimento, operadora de cartão, por exemplo, pode solicitar junto às instituições a renegociação da dívida. Em alguns casos, são oferecidos novos prazos e taxas que facilitarão na quitação.
Assim como na revisão dos gastos, os acordos chegam a ser vantajosos, a ponto de não haver mais a necessidade de solicitar o empréstimo.
Por outro lado, pode acontecer o contrário: as taxas de juros do refinanciamento da dívida poderão ser mais altas do que aquelas cobradas no início, o que impossibilita que as novas condições se encaixem no orçamento do requerente.
Tendo esses dados, basta fazer as contas do que vale mais a pena entre as duas opções, se pela negociação da dívida ou a solicitação de um novo empréstimo.
3 — Faça o cálculo das parcelas e do custo total do empréstimo
Um erro crucial na hora de decidir qual o melhor empréstimo está em analisar apenas as taxas de juros. Porém, o total que o cliente pagará ao final pode incluir outras taxas e tarifas, por exemplo, os seguros.
Para isso existe o chamado Custo Efetivo Total (CET) do empréstimo. Nele, é possível saber quanto realmente a pessoa irá pagar, visto que já estão acrescidos todos os encargos e despesas da operação.
Também é fundamental analisar as condições de pagamento, como o número total de parcelas a pagar, e se é possível antecipá-las em algum momento, além dos valores das multas em caso de atraso.
4 — Decida a forma de aplicação do empréstimo
Assim que receber a quantia do empréstimo, a sugestão é definir minuciosamente qual será a finalidade do dinheiro, se para uma viagem ou pagamento de uma dívida, por exemplo. O valor também não deve ser anexado aos gastos do dia a dia.
Isso evita que o recurso seja desviado para outras áreas e acabe sendo mal utilizado.
5 — Estabeleça uma ordem para os pagamentos
A dica é simples: em caso de débitos vencidos, priorize os pagamentos mais urgentes. Isso ajuda a minimizar as multas e juros cobrados por atraso. Conhecer os custos de cada débito vencido pode ajudar até mesmo em outras situações, como a observada no tópico sobre as negociações.
Dito isso, o solicitante também deve ler com atenção todos os contratos e tirar dúvidas sobre o empréstimo antes da contratação do serviço. Tomando os devidos cuidados, é possível encontrar uma solução segura e de acordo com a necessidade.
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