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Circuit breaker: O que é, como funciona e quais seus impactos na bolsa?

Circuit breaker é um sistema de defesa contra a oscilação. Seu acionamento é feito quando as ações caem de maneira acentuada em um mesmo dia. Entenda!



O Circuit Breaker é um mecanismo utilizado pela Bolsa de Valores (B3) que permite amortecer e rebalancear as ordens de compra e de venda, em casos de movimentos bruscos no mercado. O instrumento funciona como um escudo antivolatilidade excessiva em momentos atípicos no mercado financeiro.

De maneira prática, o circuito é disparado para interromper o pregão sempre que ocorrem oscilações. Após a ferramenta ser acionada, em seguida, os negócios são retomados.

Quanto ao pregão, este poder ser entendido como o dia de trabalho na Bovespa – que é o indicador de ações, no Brasil. Trata-se, portanto, do momento destinado à oferta de lances e fechamento de negócios de compra e venda de ações.

O que é Circuit Breaker?

O Circuit Breaker é um sistema de defesa contra a oscilação. Seu acionamento é feito quando as ações caem de maneira acentuada em um mesmo dia. Assim, ele é uma espécie de botão de emergência contra o pânico.

Todas as vezes que as quedas são muito bruscas, a ferramenta é acionada para proteger o mercado da instabilidade, garantindo segurança para todas as operações da Bovespa.

Ao ser ativado acontece uma pausa, que serve para balancear os ativos. Por isso, é fundamental que o investidor não entre em pânico nesses momentos de oscilações.

Como funciona o Circuit Breaker?

O Circuit Breaker é ativado interrompendo por 30 minutos todos os negócios na Bolsa de Valores. Isso acontece quando o Ibovespa atinge um limite de baixa em relação ao índice de fechamento do dia anterior.

Sempre haverá um período de 30 minutos de negociações contínuas para que compradores e vendedores ajustem suas posições. Entenda abaixo como funciona o mecanismo de maneira prática:

  • Ibovespa atinge o limite de 10%: se o índice variar mais de 10%, em qualquer direção, os negócios são interrompidos por 30 minutos;
  • Ibovespa atinge o limite de 15%: no retorno às atividades, se atingir 15% de variação sobre o fechamento anterior, a Bolsa pode suspender o pregão por até uma hora;
  • Ibovespa atinge o limite de 20%: se após esses limites a variação atingir 20%, a B3 pode interromper o pregão por tempo indefinido.

Vale salientar que o Circuit Breaker não pode ser acionado nos últimos 30 minutos de negociações.

Últimas vezes em que o circuit breaker foi acionado?

O botão foi acionado pela última vez na manhã do dia 9 de março de 2020, quando a Ibovespa registrou queda de 19,77% do barril do petróleo tipo Brent, que é o mesmo utilizado pela Petrobras.

Antes, o circuito havia sido acionado no dia 17 de maio de 2017, após a a revelação de uma gravação que o ex-presidente Michel Temer discutia a compra do silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha e o operador Lúcio Funaro, com o dono da JBS, Joesley Batista.

  • O momento ficou conhecido como Joesley Day, que derrubou o Ibovespa no pregão daquele dia.

Antes disso, o mecanismo entrou em ação nos seguintes momentos:

  • 22 de outubro de 2008: bolsa fechou com queda devido a crise nos Estados Unidos.
  • 11 de Setembro de 2001: torres gêmeas de Nova York foram atacadas;
  • 14 de janeiro de 1999: véspera da adoção do câmbio livre no país;
  • 1998: crise na Rússia;
  • 28 de outubro de 1997: Bovespa cai durante a crise financeira asiática.

Em 2008, os bancos dos EUA emprestaram dinheiro para muitas pessoas que não podiam quitar as dívidas. Estes empréstimos foram conhecidos como subprime. O prejuízo, na época, chegou a um total de US$4 trilhões.

Esta situação impactou negativamente a economia brasileira e fez com que o circuit breaker, em 2008, fosse ativado seis vezes no Brasil. Confira as datas abaixo:

  • 29 de setembro de 2008 ;
  • 06 de outubro de 2008;
  • 06 de outubro de 2008;
  • 10 de outubro de 2008;
  • 15 de outubro de 2008;
  • 22 de outubro de 2008.

Confira também: Saiba como investir em ações na Bolsa em apenas 4 passos




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