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Candidatos do Concurso TJ PE pedem ajuda para convocações

O certame está suspenso por suspeitas de fraude e participantes se reuniram na quarta-feira (16) no intuito de cobrar ajuda para convocações.



Suspenso por suspeitas de fraude, o concurso para provimento de vagas no Tribunal de Justiça de Pernambuco (Concurso TJ PE) segue dando o que falar. Nesta quarta-feira (16), candidatos se reuniram com a Comissão de Administração Pública no intuito de cobrar convocações.

Os participantes pediram ajuda parlamentar para acelerar o processo de nomeações. Deputado Lucas Ramos, presidente da comissão, afirmou entender a injustiça em condenar todo o processo de seleção devido à ação de pessoas de má fé.

Por isso, comentou que a situação do concurso será analisada com cuidado. Aos candidatos, a comissão propôs a formação de um grupo de trabalho que verifique a situação atual do certame e, com isso, analisar possibilidade de convocação. O grupo seria formado por parlamentares e, também, concursados.

Enquanto isso, a demanda de trabalho apresentada pelo tribunal continua e agrava a situação do órgão. Maria Cecília Brito, representante dos aprovados no certame, apontou que 30 mil processos estão parados há quase três meses.

Isso porque as últimas nomeações para o TJ PE aconteceram em 2016 e o quadro de servidores é insuficiente para dar conta as atividades. Ela citou o exemplo do fórum de Jaboatão dos Guararapes. Nele, cerca de mil processos de homicídios estão prestes a prescrever.

Em tempo, na mesma reunião, participaram aprovados no concurso promovido pela Polícia Civil do estado (Concurso PC PE). Na espera por convocações, os candidatos, também, devem receber auxílio dos parlamentares.

Problemas Concurso TJ PE

O concurso tem o Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC) como banca organizadora e suas provas foram aplicadas em outubro do ano passado. Após a realização dos exames, houve relatos de irregularidades e suspeitas de fraude.

Participantes apontaram falta de sensores em locais de prova, sobrecarga de fiscais de sala (com consequente atraso no início das provas), falta de ar condicionado e pessoas portando celular. Por isso, foi aberta petição pública pedindo a anulação dos exames.

Mais tarde, a Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) comprovou tentativa de fraude por organização criminosa. O delegado Lucas Sá declarou ter encontrado conversas que indicam a ação da quadrilha.

As investigações relativas ao concurso do TJ PE fazem parte da famosa Operação Gabarito, série de investigações que culminaram no desmanche da chamada “Máfia dos Concursos”.

Mesmo diante dos fatos, a banca organizadora reagiu contra as denúncias e descartou a anulação do certame. Ainda assim, o Ministério Público estadual (MP PE) pediu a suspensão do concurso por 90 dias. As investigações seguem sob sigilo e devem ser concluídas até 05 de junho.




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