A Polícia Federal (PF) encerra, nesta segunda-feira (13), o período de inscrições em seu novo concurso público. O Concurso PF 2018 disponibiliza 500 vagas em cargos de nível superior e dá direito a remunerações iniciais de até R$ 22 mil.
A corporação reabriu o prazo para candidaturas a candidatos negros e com deficiência interessados em áreas específicas da carreira de perito. Tais participantes têm até às 18h de hoje para registrar sua candidatura pelo site da banca organizadora do certame, o Cebraspe (Cespe/Unb).
Apostilas preparatórias: Delegado de Polícia Federal, Agente de Polícia Federal e Agente Administrativo
O valor da taxa de inscrição, R$ 250,00, segue o mesmo. As provas, também, foram alteradas para 16 de setembro com acesso aos cartões com dez dias antes. O certame terá validade de 30 dias, contados a partir de sua homologação, podendo ser prorrogado por igual período. A expectativa é de que as convocações comecem no primeiro trimestre de 2019.
Concurso PF 2018
O Concurso PF 2018 foi anunciado em fevereiro pelo ministro da Segurança, Raul Jungmann, e traz 500 vagas em cargos de nível superior. As oportunidades estão distribuídas entre as carreiras de delegado (150), perito criminal (60), escrivão (80), agente (180) e papiloscopista (30).
Os cargos de perito e delegado demandam formação específica enquanto as demais permitem graduação em qualquer área. As remunerações iniciais variam entre R$ 12.441,26 e R$ 23.130,48, dependendo da função assumida.
Os candidatos serão selecionados por meio de provas objetivas, discursivas, teste de aptidão física, exame médico, avaliação psicológica, prova prática de digitação (escrivão), prova oral (delegado) e curso de formação. Os ingressantes por meio do próximo concurso público adentrarão na Polícia Federal na terceira classe.
Porém, têm direito à progressão de carreira entre classes – terceira, segunda, primeira e especial. Na medida em que alcançam classes superiores, têm reajuste salarial. Com isso, as remunerações podem chegar a R$ 18.651,79 (agente, escrivão e papiloscopista) e R$ 30.936,91 (delegado e perito) no topo de carreira.
O que cai no Concurso PF?
Segundo consta no edital, as etapas avaliativas do certame organizado pelo Cebraspe contam com a seguinte estrutura:
O conteúdo programático abordado varia conforme o cargo pretendido. Mas, no geral, os candidatos devem se preparar nas seguintes disciplinas:
- Agente: Língua Portuguesa, Legislação Especial, Raciocínio Lógico, Estatística, Informática, Noções de Direito (Constitucional, Administrativo, Penal, Processual Penal) e Contabilidade Geral
- Escrivão: Língua Portuguesa, Legislação Especial, Raciocínio Lógico, Estatística, Informática, Noções de Direito (Constitucional, Administrativo, Penal, Processual Penal), Arquivologia e Contabilidade Geral
- Delegado: Direito (Constitucional, Administrativo, Penal, Processual Penal, Civil, Processual Civil, Previdenciário, Tributário, Financeiro) e Criminologia
- Perito: Língua Portuguesa, Legislação Especial, Raciocínio Lógico, Estatística, Informática, Noções de Direito (Constitucional, Administrativo, Penal, Processual Penal) e Conhecimentos Específicos
- Papiloscopista: Língua Portuguesa, Legislação Especial, Raciocínio Lógico, Estatística, Informática, Noções de Direito (Constitucional, Administrativo, Penal, Processual Penal), Biologia, Física, Arquivologia, Química.
A composição dos exames seguirá a mesma, ou seja, 120 questões resolvidas em quatro ou cinco horas de prova (dependendo do cargo).
Concurso PF Nível Médio
Enquanto dá andamento ao edital recém-lançado, a Polícia Federal espera pelo aval da proposta para criação de uma nova carreira em seu quadro efetivo, a de agente policial de nível médio. O projeto foi enviado no início do ano e já recebeu parecer positivo por parte do presidente da República, Michel Temer.
Porém, ainda precisa passar pelo Ministério da Segurança Pública, além do Palácio do Planalto e Congresso Nacional. A carreira de policial nível médio será destinada à execução das atividades de menor complexidade, como patrulhamento e segurança de patrimônio, além de vigilância de presos.
Caso a proposta seja autorizada, a atuação dos novos ingressantes desafogaria os servidores de nível superior que, atualmente, executam tais funções. Com isso, estes poderiam dedicar-se às investigações de crimes federais.