O presidente Jair Bolsonaro vai propor o fim do horário de verão. Em entrevista durante café da manhã no Palácio do Planalto, o presidente afirmou que a medida já está quase definida. Em 2018, o horário de verão começou no dia de 4 novembro. Moradores de 10 estados e do Distrito Federal tiveram que alterar seus relógios.
Até 2017, o horário de verão tinha início no terceiro domingo de outubro. Entretanto, para atender um pedido do TSE, o então presidente Michel Temer alterou o início do horário. O objetivo era que não coincidisse com o primeiro e o segundo turno da eleição.
No ano passado, estudos da Secretaria de Energia Elétrica (SEE), do Ministério de Minas e Energia (MME) em parceria com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), apontaram que em termos de economia de energia, a medida não tem sido eficiente. Os resultados alcançados foram próximos à “neutralidade”.
O horário de verão foi criado no país com o intuito de economizar energia, a partir do aproveitamento de luz solar no período mais quente do ano.
“A aplicação da hora de verão, nos dias de hoje, não agrega benefícios para os consumidores de energia elétrica, nem tampouco em relação à demanda máxima do sistema elétrico brasileiro, muito em função da mudança evolutiva dos hábitos de consumo e também da atual configuração sistêmica do setor elétrico brasileiro”, destaca o documento enviado à Casa Civil.
Horário de Verão
Dois britânicos, o cientista George Vernon Hudson e o construtor William Willett, que quase simultaneamente chegaram à ideia de Horário de Verão. A ideia tinha sido abordada por Benjamin Franklin anteriormente, sem sucesso. Durante a Primeira Guerra Mundial, a Alemanha e sua aliada Áustria-Hungria popularizaram o conceito. Os países promulgaram a primeira política oficial de Horário de Verão em 1 de maio de 1916.
Foi planejado como um esforço para economizar combustível e energia durante a guerra. Depois disso, a Inglaterra e o resto da Europa começaram a seguir o exemplo. Nos EUA, o Horário de Verão entraria em vigor em março de 1918. No Brasil, a medida foi implantada em 1 de outubro de 1931.
