Depois do anúncio da convocação de excedentes do concurso da Polícia Federal (PF), a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) divulgou que está finalizando estudo para um novo concurso público da corporação.
A declaração foi feita pelo presidente da Fenapef, Luis Boudens, ao site Folha Dirigida. Segundo ele, até o final deste mês, o estudo deve ser concluído e repassado à PF. A solicitação pede 2 mil vagas para a área de apoio.
O novo concurso é uma resposta ao atual déficit de servidores da corporação. De acordo com dados da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), são 4.330 cargos vagos.
A carreira com maior carência é a de agente, que possui um déficit de 2.425 servidores. O cargo tem remuneração de R$ 4.710,71, com auxílio-alimentação já incluso, segundo dados de janeiro de 2018.
Por meio do Twitter, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também apoiou a contratação de novos agentes administrativos. Segundo ele, resolver o déficit de pessoal da PF é uma medida urgente:
“Há um problema notório na PF: falta efetivo. Por sua vez o atual governo herdou do PT a pior crise econômica do Brasil. Assim, vários são os policiais que não exercem trabalho de polícia, pois tem que cobrir outras funções. Solução: contratar AGENTES ADMINISTRATIVOS. É urgente!”
O parlamentar ainda complementou a declaração ao reforçar a importância dos agentes no combate à corrupção:
“Agentes administrativos, excedentes de concursos ou futuros concursos são bem vindos. Feliz em ver que as notícias dos 100 dias de governo Bolsonaro vão nesta direção. A PF é essencial no combate a corrupção!”
PF no escritório de inteligência de Moro
Além do possível novo concurso para a área de apoio da PF, também há um possível novo certame à vista. O escritório de operações e inteligência integrado, novo projeto do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, deve reunir servidores da PF junto com profissionais de outros órgãos e corporações, como a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Receita Federal (RF), Forças Armadas (FA) e polícias locais.
A proposta de Moro visa fortalecer o combate ao tráfico de drogas e armamentos, intenso na área das fronteiras. De acordo com o jornal O Globo, o projeto-piloto está planejado para ser finalizado até o fim do ano.
A implantação do primeiro escritório será em Foz do Iguaçu, no Paraná, cidade na divisa do Brasil com o Paraguai e a Argentina. Caso o projeto apresente bons resultados, novas unidades devem ser instaladas em outros pontos das fronteiras.