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Equipe econômica de Bolsonaro prepara privatização dos Correios

Objetivo é que a empresa, ao ser vendida ao setor privado, possa se modernizar e se adaptar às mudanças geradas pelo comércio eletrônico.



A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), em breve, deve ser privatizada. Durante entrevista na última semana, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que seria “um salto muito grande” se o presidente Jair Bolsonaro aceitasse a privatização da Petrobras.

Porém, de acordo com informações da Veja, Guedes afirmou que Bolsonaro cedeu em sua resistência quando a venda dos Correios. Segundo fontes do governo, desde o sinal verde do presidente a equipe econômica está trabalhando para estruturar a venda da estatal.

O intuito é assegurar liberdade para que a ECT se modernize e se adeque às mudanças promovidas pelo comércio eletrônico quando estiver desvinculada do Estado.

Durante entrevista a Veja no final de março, o secretário de Desburocratização do Ministério da Economia, Salim Mattar, disse que o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, era “um dos principais focos de resistência” às privatizações no governo. Atualmente esta é a pasta a qual os Correios estão vinculados.

Na ocasião, Mattar citou a empresa, junto com a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) e a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), como um dos exemplos de companhia que precisavam ser vendidas, contudo, enfrentava dificuldades. “Setenta por cento da receita dos Correios vem da entrega de pacotes. O Estado é dono de uma transportadora. Isso é absurdo”, disse à epoca.

Guedes, com certa frequência, insiste que o governo federal deve se desfazer de ativos para diminuir a dívida pública. Além disso, o ministro aponta que o controle excessivo do Estado sobre os negócios abrem margem para casos de corrupção nas estatais, a exemplo da Petrobras, Caixa Econômica e Correios.

Resistência dentro do governo

Guedes, no entanto, tem encontrado dificuldade em convencer outros ministros da necessidade das privatizações. Empresas que figuram no topo da lista de desestatização, inclusive, estão recebendo novos funcionários, como é o caso da EPL.

Segundo a empresa, dos 143 cargos de que dispõe, sete estão em fase de contratação neste mês. A justificativas são os desligamentos recentes. A EPL não comenta a intenção do governo de fechá-la.

Além de Pontes, o ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, estão resistentes quanto a venda das estatais.

O plano de privatizações é um dos pilares da política econômica do “superministro”. A meta é obter neste ano receita de 20 bilhões de dólares. De acordo com o governo, mais da metade do objetivo já foi cumprido, com 11,4 bilhões de dólares em desestatizações e 646 milhões de dólares em desinvestimentos.

De acordo com a Veja, apesar da dificuldade, Salim Mattar é otimista. “O processo de desestatização é irreversível. É questão de tempo.”

 

* Com informações da Veja 




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