Caixa disponibilizará financiamento imobiliário com juros a 6% ao ano

A Caixa Econômica Federal aguarda aprovação do Banco Central para aplicar taxa de juros de apenas 6% ao ano para financiamentos imobiliários.



A Caixa Econômica Federal pretende dar um passo a frente em relação ao financiamento imobiliário. A instituição financeira possui o intuito de reduzir a taxa de juros cobrada no financiamento em até 31,5%. Com isso, a taxa cobrada cairá para 6% ao ano. Entretanto, a Caixa ainda aguarda pela autorização do Banco Central para poder anunciar formalmente a medida.

Com essa medida, é esperado que as outras instituições que ofertam o financiamento imobiliário também baixem suas taxas para evitar a perda de clientes. Isso ocorre devido a estatal já possuir cerca de 70% do mercado de crédito habitacional. Com a diminuição da taxa de juros cobrada, a expectativa é que sua porcentagem de clientes aumentem.

Além disso, a Caixa anunciou este ano a redução de 1,25 pontos percentuais nas taxas de juros nos financiamentos imobiliários concedidos por meio dos recursos do Sistema de Poupança e Empréstimo. Atualmente, essa modalidade de crédito corresponde a cerca de 40% do total de financiamentos ofertados.

O que muda com a medida?

Segundo informações liberadas pela Folha de São Paulo, a Caixa irá reajustar os contratos de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No momento, a correção é realizada pela Taxa Referencial, atualmente zerada. Assim, os bancos cobram um valor adicional que pode variar entre 8,5% a 9,5%.

Com a mudança proposta pela estatal, os preços serão reajustados de acordo com a inflação medida pelo IPCA, estimada em fechar o ano perto dos 3,82%. Entretanto, a taxa adicional ainda deverá ser discutida, estimando valores entre 2% a 3%. Portanto, o percentual total cobrado poderá chegar a casa dos 6%.

O intuito da Caixa é reduzir a taxa de juros ao realizar a troca do indexador dos contratos. Dessa forma, será possível utilizar o fluxo dos pagamentos como uma garantia para emitir títulos a serem negociados no mercado. Esse processo é conhecido no mercado como securitização.

Assim, a financeira poderá conceder novos financiamentos e diminuir o custo com a venda de títulos. Para evitar riscos, a Caixa securitizará apenas financiamentos com baixo índice de inadimplência. Com isso, contratos como o da Minha Casa Minha Vida não estarão inseridos na mudança.

Contudo, o Banco Central ainda está analisando o pedido realizado pela Caixa. Caso a medida seja aprovada, ela será aplicada apenas para novos contratos, não sendo possível migrar de uma modalidade para outra.

Veja também: Quando é permitido o saque do FGTS e quem pode sacar em 2019.




Voltar ao topo

Deixe um comentário