O Nubank aumentou em 150% sua base de clientes da NuConta e do cartão de crédito sem anuidade no primeiro semestre de 2019, levando em consideração o mesmo período do ano passado. Isso fez com que o banco dobrasse seu faturamento em R$ 1 bilhão entre os meses de janeiro e junho.
Porém, ao mesmo tempo o prejuízo da fintech também cresceu alcançando R$ 139 milhões contra R$ 51 milhões em 2018.
O diretor financeiro do banco, Gabriel Silva, explica que isso é consequência do crescimento acelerado da financeira, e já é esperado, pois a equipe do Nubank decidiu crescer de forma sustentável e não gerar lucro nesse momento é uma escolha para um investimento de longo prazo.
Segundo ele, a empresa não consome dinheiro para se manter, sendo que gera caixa desde 2017. E para medir grau de crescimento, o banco segue o NPS (Net Promoter Score), métrica utilizada para avaliar o grau de satisfação dos clientes.
O NPS funciona assim: primeiro a empresa pergunta para o cliente se de 0 a 10, qual é a probabilidade de ele recomendar o Nubank a um amigo? Dessa forma, os usuários são divididos em três grupos, são eles os promotores (notas de 9 a 10), passivos (notas de 7 a 8) e detratores (notas de 0 a 6).
O resultado da métrica corresponde à porcentagem de “promotores” menos porcentagem de “detratores”, e varia entre -100 e 100. A pontuação do Nubank é 86.
A empresa ganha dinheiro de duas formas: recebendo uma porcentagem de cada transação feita no cartão de crédito, e cobrando juros de crédito rotativo.
E como o Nubank ganha dinheiro?
O número de clientes do banco digital cresce de forma acelerada, ele adiciona quase 50 mil usuários todos os dias. No final do mês de junho, a quantia era de 10 milhões de clientes, e em apenas dois meses já são mais de 12 milhões.
Para diminuir o risco de um crescimento tão acelerado, a financeira afirma que reduziu em 9% sua provisão para créditos de liquidação duvidosa (dinheiro reservado para cobrir inadimplência de alguns clientes, o que mostra, segundo Silva.
Para quem não sabe, o Nubank ganha dinheiro de duas formas: a primeira é recebendo uma porcentagem de cada transação feita no cartão de crédito, e a segunda é cobrando juros de crédito rotativo.
Embora a empresa enfrente prejuízo crescente em receita, que praticamente dobrou em um ano (R$ 51 milhões em 2018 e R$ 139 milhões em 2019), mas em uma rodada de investimento, a fintech foi avaliada em mais de US$ 10 bilhões e desde 2013, ela levantou US$ 820 milhões de investidores.
Veja também: NuConta: Saiba como usar o simulador de rendimento do Nubank
