Bolsonaro se posiciona contra o fim do monopólio da Caixa sob FGTS

A estatal está em processo de negociação da taxa de administração do FGTS com o Ministério da Economia. O intuito é evitar o fim do controle sob o FGTS.



Após especulações sobre o fim do monopólio da Caixa sob a administração dos recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o presidente da estatal, Pedro Guimarães, afirmou que uma negociação com o Ministério da Economia está em andamento. Com isso, Guimarães afirmou que visa entrar em acordo com o Ministério para reduzir a taxa de administração do FGTS.

Atualmente, o valor da taxa cobrada pela Caixa é de 1% dos recursos. O FGTS é utilizado pelo governo para o financiamento de diversos projetos, incluindo o Minha Casa Minha Vida. Sendo assim, cerca de R$ 5 bilhões é repassado à Caixa pela administração.

De acordo com Guimarães, a negociação visa diminuir o valor cobrado. Contudo, a decisão deverá passar por autorização do crivo do governo. Com essa medida, o lucro do FGTS poderia aumentar, visto que as despesas com o pagamento da administração dos recursos seria menor.

Quem decide o valor da taxa de administração cobrada pela estatal é o Conselho Curador do FGTS, formado por representantes dos trabalhadores, empregadores e, majoritariamente, por representantes do Governo Federal.

Veja também: Aplicativo simula valor do FGTS que será sacado em 2020!

Bolsonaro se demonstra contrário a decisão

A redução na taxa de administração entra como medida para tentar evitar que o monopólio da Caixa sob a administração do FGTS ocorra. No início da semana, o presidente Jair Bolsonaro se demonstrou contrario à quebra do monopólio.

Em declaração dada nas redes sociais, Bolsonaro afirmou que, caso o Congresso aprove o fim, ele irá vetar a decisão. “Se o Congresso decidir quebrar o monopólio da Caixa, eu vetarei segundo orientação do próprio Ministério da Economia”, afirmou Bolsonaro.

Está em discussão no Congresso a Medida Provisória (MP) que altera as regras de retiradas do FGTS. Dentre os pontos abordados pelo documento, está o estabelecimento do saque imediato de até R$ 500 das contas do fundo, além do novo saque-aniversário.

“Somos um banco estatal de todos os brasileiros, mas temos de ter resultados numéricos. Não há possibilidade de realizar uma operação para perder dinheiro. Grande risco que existe é um só: separou e cada projeto [do FGTS para ser disputado pelos bancos] vai ter de ter o seu pagamento individual. E quem vai sofrer? Interior do Norte e Nordeste. E não é sofrer pouco não, é inviabilizar”, justificou Pedro Guimarães em coletiva na terça, 8.

 




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