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Entregadores do iFood terão direito a seguro, cursos e desconto em plano de saúde

Até então os benefícios estão restritos à Grande São Paulo, mas no próximo mês chegará às mais de 660 cidades em que a empresa atua



O aplicativo de entrega de comidas, iFood é a nova febre em vários países, sendo líder no setor na América Latina. Para tal, a empresa emprega diversos entregadores que realizam o serviço com bicicletas ou motos. No entanto, há quem diga que empresas de Delivery pagam mal e não dão boas condições de trabalho a seus entregadores.

Para tentar contornar esse rumor, a empresa anunciou no último dia 10, que passará a oferecer seguro contra acidentes, desconto em plano de saúde e em seguro de motocicletas, além de cursos de capacitação aos profissionais parceiros.

O seguro contra acidentes cobrirá despesas médicas e odontológicas de até R$15 mil reais, em caso de acidentes que ocorram no momento de sua prestação de serviço para o iFood, desde que o trajeto esteja sendo calculado com o aplicativo ligado. Além disso, o seguro também tem cobertura de R$100 mil reais no caso de morte ou invalidez permanente.

Segundo o portal G1, o novo benefício será destinado inicialmente à Grande São Paulo, mas logo em novembro chegará às mais de 660 cidades em que a empresa atua.

Além do seguro, o programa “Delivery de Vantagens” permite que os mais de 70.000 entregadores acumulem pontos e por entrega e aumentá-los caso ganhem gorjetas (o que indica um bom serviço).

Os entregadores podem ainda obter descontos em plano de saúde e seguro para motocicletas, e segundo a empresa, descontos em aparelhos eletrônicos ou artigos esportivos.

Em parceria com o Sesi-SP, o programa incluiu cursos com aulas a distância, que abordam temáticas como finanças pessoais, cuidado com equipamentos e segurança no trânsito. Anteriormente, o iFood já havia instaurado a campanha “trilhas do conhecimento” que a partir do WhatsApp, divulgava dicas para um trânsito mais seguro.

Ademais, a empresa ainda lança a implantação de pontos de apoio em São Paulo, onde os entregadores possam carregar o celular, ir ao banheiro ou descansar. A inclusão desses pontos em outras cidades está sendo estudada.

Para isso, em julho, a empresa assinou um termo de cooperação com a Prefeitura de São Paulo com intuito de valorizar a qualidade de vida e segurança dos entregadores.

Dilemas trabalhistas da economia compartilhada

Profissionais da chamada economia compartilhada, como aqueles que prestam serviço para aplicativo de entrega de comidas ou de transporte privado urbano, possuem a fama de condições de trabalho consideradas ruins, além de pagamentos baixos. Isso por que o modelo exige um profissional sem vínculo trabalhista com a empresa que presta um serviço essencial ao negócio, como a entrega de comida ou o transporte de passageiros.

Essa problemática tornou-se ainda mais evidente, após o episódio de um entregador da empresa de delivery Rappi ter um ataque cardíaco durante uma entrega e não conseguir auxílio da empresa. Desde então, a Rappi e o iFood adicionaram um botão de emergência para contato dos entregadores.

Assim, o novo seguro e benefícios da iFood não cobrará custos adicionais aos colaboradores. Para isso, o lucro recebido pelas empresas passará a custear os benefícios aos próprios profissionais parceiros, deixando em segundo plano os seguidos descontos dados aos clientes e a implementação novos serviços voltados ao usuário.

Apesar desse cenário, ainda assim os aplicativos de economia compartilhada vem sendo uma alternativa em meio ao desemprego na casa dos 12% que permanece no Brasil há mais de dois anos. No último trimestre, a informalidade contou com 41,4% da população empregada, ou mais de 38 milhões de pessoas. Nesta porcentagem, inclui-se cidadãos que atuam economia compartilhada sem registro como MEI (Microempreendedor Individual, que tem direitos como cobertura previdenciária no caso de acidentes).




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