Com o advento da inteligência artificial, a fintech Olívia promete mudar a forma que as pessoas têm acesso a serviços financeiros digitais. A versão oficial foi lançada na última quarta-feira, dia 15 de janeiro. Mas desde julho de 2019, dois brasileiros, que fundaram a startup, operavam uma versão beta do aplicativo.
Com a promessa de ajudar a economizar e pagar dívidas, a Olívia é uma assistente virtual que utiliza inteligência artificial. Aliado a isso, ela faz o mapeamento de economia comportamental do usuário com o intuito de conhecer os hábitos de consumo. Também visa auxiliar nos gastos e tomada de decisões.
Até chegar ao aplicativo final, a startup testou uma versão ao longo de vários meses. Durante esse período, a fintech atingiu a marca de R$ 10.000.000 em economia para usuários.Agora, o app está disponível para de forma gratuita para aparelhos Android e iOS.
Ao longo dos últimos meses, a startup atingiu mais de 30 mil usuários que haviam manifestado interesse na lista de espera. Com o lançamento oficial, a fila foi zerada, no início do ano. Agora, usuários interessados em interagir com os serviços oferecidos pela Olívia poderão baixar o aplicativo. Para promover uma experiência nunca imaginada, o serviço pode ser conectado à conta bancária da pessoa.
“Esse período de testes foi importante para que pudéssemos adaptar a plataforma às necessidades dos brasileiros, apresentando ao público uma interface simples e intuitiva. Foram meses recebendo feedbacks até chegar a esta versão. Esse tempo foi fundamental para que conseguíssemos nos conectar às principais instituições financeiras do país”, salientou Lucas Moraes, cofundador da Olivia
Como utilizar o aplicativo?
A Olívia está disponível para clientes do Itaú, Banco do Brasil, Caixa e Nubank. Clientes dos cartões Alelo, CrediCard, Sodexo, Ticket, cartões BV, Itaucard e American Express, emitido pelo Bradesco, também podem usufruir.
Funciona assim: quando a pessoa abre o aplicativo pela primeira vez, é solicitada a permissão para acessar as transações financeiras da pessoa. Assim, a Olívia pode aprender sobre os hábitos de consumo e compras.
Depois de algum tempo de uso, a assistente passa a conhecer o usuário e começa a auxiliar por meio de recomendações financeiras personalizadas. Sem contar que a assistente consegue até prever quais serão as próximas compras da pessoa. A partir disso, ela consegue recomendar as melhores alternativas para gastar o dinheiro e ter maior aproveitamento da receita mensal, e até anual.
Aporte bancário
No Brasil, o lançamento da Olívia chega junto ao anúncio de uma rodada de investimentos de R$ 25 milhões. A empreitada é liderada por investimentos do Banco BV com a companhia da MSW Capital, por meio do Fundo BR Startups. O montante será utilizado para investimento em tecnologia e expansão da empresa no país.
Hoje, segundo informações do diretor da empresa, mais de 80% das pessoas que interagem com a Olivia estão localizadas nas regiões Sul e Sudeste. “Trazer a Olivia para o Brasil sempre esteve em nossos planos. No último ano, testamos a plataforma e confirmamos o grande potencial do mercado brasileiro. O aporte do Banco BV, com quem já temos uma parceria, sem dúvida alguma, reafirma essa tese”, afirmou Lucas.
Clientes do Cartão BV, desde o início de 2019, contam com o “Bevê”. Este um assistente da Olivia voltado para gerência de gastos realizados no cartão. Seu objetivo é auxiliar o clientes a fazer melhor proveito do seu limite e da sua receita, maximizar os benefícios do cartão e evitar crédito rotativo.
O investimento do BV em relação à Olivia é uma iniciativa do BVx. Tal sigla refere-se à unidade de negócios de inovação voltada para agregar valor por meio da conexão com o ecossistema de startups. Além disso, também objetiva a cocriação, desenvolvimentos proprietários e investimentos em parceiros.
De acordo com o diretor de Estratégia Digital e Inovação do Banco BV, Guilherme Horn, a Olivia oferece uma experiência inovadora de assistência em finanças pessoais baseada nas mais recentes tecnologias de inteligência artificial. Segundo ele, a fintech transforma a experiência das pessoas com serviços financeiros. “Além do investimento, nosso objetivo é incrementar a operação com o cliente no centro da nossa estratégia”, expressou Guilherme.
Fintechs
Em processo impressionante de crescimento e expansão, as fintechs são startups voltadas para inovação e otimização do serviço financeiro. Elas possuem custos de operação muito mais baixos, se comparados às instituições tradicionais. Isso acontece porque conseguem utilizar tecnologias que elevam a eficiência dos processos e, consequentemente, barateiam os serviços ofertados.
Para ser definida como fintech, a empresa precisa ter base tecnológica e modelo de negócio altamente escalável. Além disso, deve oferecer praticidade, plataformas usuais e isenção de burocracias, baixo custo. Sem contar que devem ser pautadas em promover um impacto social significativo.
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