Está em análise pelo Banco Central (BC) a modalidade de saque em dinheiro em lojas e supermercados. O argumento foi anunciado pelo presidente da instituição, Roberto Campos Neto, em entrevista à Globo News, na última quarta-feira, 12.
Conhecido como “cashback” (em tradução livre, “dinheiro de volta”), o serviço permite que o cliente receba em espécie o valor passado no cartão de crédito. Em explicação mais clara, seria uma “compra de dinheiro”.
Justificativa
Ainda durante entrevista, Neto informou que a funcionalidade ajudaria os cidadãos de algumas cidades do Brasil, sobretudo as mais distantes de centros urbanos, onde não há agências bancárias. O acesso limitado ao saque faz muitos brasileiros se deslocarem para outras regiões na tentativa de sacar dinheiro.
Outro ponto mencionado pelo presidente do BC envolve praticidade e segurança. Isso porque a cada retirada pelo cliente, o comerciante “repartiria” os lucros do dia entre as pessoas. Dessa forma, não seria mais necessário a contratação de carros-fortes para a coleta do dinheiro, por exemplo.
Ainda sem data de lançamento, o novo sistema continua em estudo pelo Banco Central.
Como funciona o Cashback?
Bastante comum nos Estados Unidos, o sistema de cashback ou “dinheiro de volta” permite que o usuário receba uma parcela da compra realizada no cartão de crédito sob a forma de bônus ou depósito em dinheiro na conta corrente. O funcionamento é similar aos oferecidos em programas de pontuação de lojas e estabelecimentos.
No caso do cashback para saques, previsto para ser lançado no Brasil, o usuário passaria um valor “x” utilizando o cartão do seu banco em lojas e mercados e, em troca, receberia a quantia em cédulas.
Porém, se aprovado, o projeto pode ter um tempo maior para sua implementação, visto que para o procedimento, é necessário desenvolver um sistema de comunicação entre as maquininhas e os bancos.
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