O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Gustavo Montezano, anunciou quatro novas medidas de enfrentamento econômico ao coronavírus (Covid-19). O anúncio foi feito por meio de videoconferência, ao lado do presidente Jair Bolsonaro.
As medidas do BNDES vão de encontro às ações adotadas por bancos financeiros atuantes em território nacional, que anunciaram diversas facilidades para clientes, na última semana.
Entre as ações das instituições financeiras está o prorrogamento de dívidas por até 60 dias. A providência mútua visa garantir amortecimento no impacto causado em um momento de crise global.
BNDES: Medidas contra o coronavírus
De acordo com Montezano, serão injetados R$ 55 bilhões na economia nacional como forma de enfrentar a crise que será gerada.
Entre as medidas está a transferência de R$ 20 bilhões para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). As outras alternativas são voltadas para empréstimos destinados às empresas.
De acordo com o BNDES, será oferecida linha de crédito de R$ 30 bilhões a partir da suspensão do pagamento por até seis meses.
A iniciativa é voltada para empresas que possuem contrato direto com o banco. Também será operada de forma indireta, por meio de outros agentes financeiros.
“As empresas que têm empréstimo direto com o BNDES e têm situação estável terão essa linha de crédito pré-aprovada”, disse Montezano.
De acordo com o presidente do BNDES também haverá um aporte de R$ 5 bilhões. Esse dinheiro será focado na garantia do capital de giro das empresas. Assim, o limite de crédito por empresa passará de R$ 10 milhões para R$ 70 milhões anuais.
Medidas de instituições financeiras
Além das medidas anunciadas pelo BNDES, na última semana, os principais bancos do país anunciaram o prorrogamento do pagamento de dívidas. Essas medidas valem para pessoas físicas e micro e pequenas empresas.
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o intuito das instituições é, justamente, auxiliar a economia brasileira diante às consequências das pandemia.
Integram a alternativa o Banco do Brasil (BB), Bradesco, Caixa Econômica Federal (CEF), Itaú Unibanco e Santander. A medida entrará em vigor, apenas, para casos em que os empréstimos estejam com pagamento em dia, antes da pandemia.
Em nota, a Febraban afirmou que “seus bancos associados, sensíveis ao momento de preocupação dos brasileiros com a doença provocada pelo novo Coronavírus, vêm discutindo propostas para amenizar os efeitos negativos dessa pandemia no emprego e na renda”.
A federação também acrescentou “que se trata de um choque profundo, mas de natureza essencialmente transitória”.
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