Salários dos servidores públicos podem ser cortados para ajudar desempregados

Com o corte dos salários, seria liberado R$130 bilhões aos cofres públicos. O objetivo de Paulo Guedes, com esse dinheiro, é fornecer amparo aos desempregados e trabalhadores informais do país.



O Governo Federal, por meio do Ministério da Economia, tem proposto algumas medidas para minimizar os efeitos do COVID-19 (novo coronavírus) na economia brasileira.

Paulo Guedes, Ministro da Economia, tem estudado formas para garantir recursos aos  55 milhões de desempregados e trabalhadores informais no país. Uma das formas estudadas é a redução de 30% dos salários dos servidores públicos durante três meses.

Caso a medida venha a ser aprovada, iria atingir apenas os funcionários públicos que ganham mais de R$10 mil. Com os cortes salariais, seria liberado R$130 bilhões aos cofres públicos.

O objetivo de Guedes é distribuir uma quantia entre R$ 300 e R$ 400 reais às pessoas em condição de maior vulnerabilidade.

Resposta da Câmara

A proposta foi apresentada ao Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e houve concordância por sua parte. De acordo com ele, seria uma maneira de mostrar ao povo que estão unidos no combate à pandemia do COVID-19.

Maia, nesta segunda feira, 23, em entrevista à Rádio Bandeirantes, já havia sugerido a redução temporária nos salários dos servidores.

No entanto, o deputado afirmou que a medida iria excluir servidores que ganham menos e que estão diretamente envolvidos no combate à doença.

Ele defendeu que o Legislativo, Executivo e Judiciário passem a avaliar uma alternativa nos próximos dias e tomar uma decisão sobre o assunto. Segundo o presidente da Câmara, os salários pagos a servidores dos três Poderes são totalizam cerca de R$ 200 bilhões por ano.

Número de casos subiu

As secretarias estaduais de saúde divulgaram na manhã desta quinta feira, 26, 2.567 casos confirmados do COVID-19 no Brasil em 26 estados e no Distrito Federal.

De acordo com os dados oficiais, já são 60 mortes no país, sendo 48 em São Paulo e 8 no Rio de Janeiro. Além disso, os estados do Amazonas, Pernambuco e Rio Grande do Sul também registraram mortes.

Segundo o secretário-executivo do ministério, João Gabbardo, o governo não está mais divulgando o número de casos suspeitos porque a transmissão do vírus já é comunitária.

“Com transmissão comunitária, qualquer um pode ser um caso suspeito. Qualquer brasileiro que apresente síndrome gripal. Não tem mais nenhum sentido mostrar os casos suspeitos”, explicou Gabbardo.

Os testes da doença, antes feitos apenas em pacientes com sintomas graves, agora serão fornecidos também em casos mais leves. A estimativa é que daqui 8 dias, 5 milhões de testes rápidos sejam distribuídos pelo país.

Até o presente momento, foram distribuídos 27 mil testes para todo o Brasil. Porém, ainda não há  informação sobre o número de testes realizados.

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