Para garantir amortecimento da crise econômica advinda do coronavírus, o governo tem colocado em prática medidas assistenciais. Entre elas está o pagamento do auxílio emergencial, de R$ 600 a R$ 1.200, destinado a pessoas impactadas pela pandemia.
O benefício é garantido para desempregados, autônomos e informais de baixa renda. Ele serve como uma ferramenta fundamental para evitar o colapso de milhões de famílias, que ficaram sem rendimento durante o isolamento social.
No entanto, o que era para ser um alento se tornou uma grande dor de cabeça, em especial para pessoas que não faziam parte do Bolsa Família ou não estavam inscritas no Cadastro Único.
Desafios para conseguir o auxílio emergencial
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o primeiro desafio em relação ao auxílio era inscrever 11 milhões que não estavam no Cadastro Único, mas têm direito ao benefício. O segundo é fazer o pagamento.
Para quem não possui conta, a Caixa Econômica Federal garantiu criar 30 milhões de poupanças digitais, que pode ser movimentadas via aplicativo. No entanto, o aplicativo está quase sempre congestionado e informa erro de acesso.
O problema maior é que mais de 5,5 milhões de brasileiros aptos para receber o auxílio não possuem conta em banco ou acesso à internet. Essas pessoas correm o maior risco de não receber o benefício.
Pagamento do auxílio emergencial
A Caixa informou que 9,1 milhões de pessoas que se inscreveram para o programa pelo aplicativo ou site receberiam a parcela de R$ 600 até o dia 20 de abril.
O governo prevê começar a estudar alternativas para levar o auxílio emergencial de R$ 600 para pessoas sem acesso à internet a partir de maio, segundo o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni.
“Se, ainda assim, surgirem situações expressivas, vamos tentar buscar essas pessoas. Mas, pelo aplicativo e site já temos resultados expressivos, o brasileiro está muito digitalizado. Caso a pessoa não consiga, ela pode ir em uma agência da Caixa, em uma associação comunitária, enfim, tem toda uma rede de solidariedade para ajudá-la”, afirmou o ministro Onyx em entrevista ao Estadão.
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