Depois de muitas especulações, o governo federal resolveu acatar o pedido de prorrogação do auxílio emergencial. Já está confirmado manter mais duas parcelas do auxílio, com o valor de R$ 600,00 confirmados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, divulgado em cerimônia, iniciada às 16 horas.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou mais cedo que evitaram vazar os valores, deixando “o grande anúncio para ser feito pelo presidente”. 64,3 milhões de brasileiros terão acesso ao recurso.
Em pronunciamento, Guedes lembrou que o Brasil é um país resiliente e que irá conseguir sobressair a esse cenário de crise. Ainda lembra que esse ano foi difícil, mas que é preciso pensar em 2021. O ministro também discorreu sobre o projeto do Renda Brasil, que segundo ele é uma “coluna social que está sendo construída pelo governo”.
Guedes mencionava três parcelas
Ainda pela manhã desta terça-feira, 30 de junho, Guedes falava em três parcelas, mas sem dizer especificamente de quais valores.
Segundo um ministro próximo a Bolsonaro, o ministério da Economia poderia analisar a necessidade de dividir os R$ 600,00. “Tem que ser os R$ 600 por mês. Como vai ser pago dentro do mês dependerá da possibilidade da economia”, destacou.
As pastas da Economia e da Cidadania defendiam o valor de parcelas decrescentes, sendo R$ 500,00, R$ 400,00 e R$ 300,00, respectivamente. Porém, mantiveram o valor inicial e em duas parcelas.
Embate com o Congresso
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (Democratas), sempre defendeu a manutenção do benefício de R$ 600,00.
Além disso, para pagar as demais parcelas na mesma quantia não é necessário enviar nova proposta ao Congresso. Isso ocorre por que a lei que implementou o auxílio emergencial proporcionou ao governo a autonomia de renovar o benefício, mas com com valores iguais ao que foi aprovado em abril.
Orçamento da União
Segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI), cada parcela paga do auxílio representa, por mês, R$ 50 bilhões para os cofres da União. Por isso, o governo alega que os R$ 600,00 é o limite de seu orçamento.
O auxílio emergencial de R$ 600,00, R$ 1,2 mil para mães solteiras, é um benefício criado pelo governo federal para reduzir os impactos econômicos causados pela pandemia do novo coronavírus. São contemplados pelo programa desempregados, autônomos, trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEIs), pessoas inscritas no Cadastro Único – CadÚnico e cadastrados no Bolsa Família.
O prazo para solicitação das três parcelas, já liberadas para grande parte dos brasileiros, se encerra na próxima quinta-feira, 2 de julho.
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