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Secretário propõe acabar com abono salarial para ampliar Bolsa Família

Outro alvo de crítica foram as isenções fiscais a produtos da cesta básica que, segundo Mansueto, acabam beneficiado quem não precisa.



Abono salarial próximo do fim? É o que defende o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida. Segundo ele, o gasto social hoje no Brasil pode ser comparado ao de “países ricos da Europa” e não precisa de aumento.

Despesas com saúde, educação e Previdência Social são alguns dos principais gastos do governo. O secretário defendeu um melhor uso dos recursos para essas áreas e propôs o fim do abono salarial, destinado a trabalhadores que ganham como média salarial mensal até dois salários mínimos.

“A gente tem programas que são pouco distributivos, como por exemplo o abono salarial. O abono salarial é quase um 14º salário para quem ganha até dois salários mínimos, e esse é o problema, ele não é focado [na população mais pobre] como os demais programas”, explicou Mansueto.

Outro alvo de crítica do secretário foram as isenções fiscais a produtos da cesta básica que, segundo ele, acabam beneficiado quem não precisa.

“Se eu compro um produto da cesta básica, eu tenho acesso a um benefício ao qual eu não deveria ter direito, só uma pessoa de baixa renda. Por que tenho acesso a isso? Era melhor o governo [usar] o dinheiro que gasta com o subsídio da cesta básica e transformar esse dinheiro em benefício para as pessoas vulneráveis”, declarou.

Ampliação do Bolsa Família

Apesar da crítica ao abono salarial, Almeida teceu elogios ao programa assistencialista e de distribuição de renda, o Bolsa Família. Segundo ele, a iniciativa é eficaz no combate à extrema pobreza.

“A gente tem um programa distributivo muito bom que é o Bolsa Família. A gente poderia ter um debate aberto com o Congresso para tentar realocar parte do que se chama social para o Bolsa Família”, disse.

Uma das propostas é mudar a composição dos gastos e destiná-los à programas mais distributivos que auxiliem as pessoas mais pobres. A questão envolvendo a arrecadado de impostos também foi mencionada pelo secretário.

“Se o governo começa a gastar mais, ele vai ter que aumentar a carga tributária, num país em que a carga tributária real já é alta. Ninguém quer pagar mais imposto”, enfatizou.

As discussões sobre o fim do abono salarial têm se tornado frequentes. Isso porque, recentemente, o atual Ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que está próximo o lançamento do programa Renda Brasil, que irá unificar diversos benefícios sociais do governo.

Leia ainda: Bolsa Família acabou? Entenda o que muda com o início do Renda Brasil




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