Após desistir do Renda Brasil, o Governo Federal já tem um novo programa social encaminhado. Trata-se do Renda Cidadã, que irá substituir e ampliar o Bolsa Família, programa que oferece assistência a cerca de 14 milhões de famílias brasileira.
De acordo com o senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Pacto Federativo, o novo programa está confirmado, e inclusive já recebeu o aval do presidente Jair Bolsonaro para sua criação na última quarta-feira (23).
O presidente também solicitou a indicação de fontes de recursos para o pagamento do benefício. Atualmente, o Bolsa Família custa anualmente R$ 32 bilhões para os cofres da União.
Após reuniões realizadas nos últimos dias, a medida foi apoiada por líderes da base na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. “Posso dizer que estou autorizado a fechar o relatório e apontar a fonte de recursos para o novo programa. Isso foi acertado com o presidente e todos os líderes”, afirmou o relator da proposta.
Governo ainda não deu detalhes sobre o Renda Cidadã
Ainda não foram divulgados os detalhes do novo programa social do governo de Bolsonaro. Bittar não antecipou de onde os recursos do Renda Cidadã serão retirados, limitando-se a reforçar que será necessário cortar gastos para realizar os pagamentos.
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A expectativa é que 10 milhões de famílias sejam incluídas no programa. O custo total do Renda Brasil para o governo vai depender do valor a ser pago mensalmente no benefício. Nos bastidores, interlocutores afirmam que Bolsonaro gostaria de manter os pagamentos no mesmo valor do auxílio emergencial, que será de R$ 300 até o fim deste ano.
A justificativa para que os membros do Executivo e do Legislativo ainda não queiram entrar em detalhes sobre o Renda Cidadã é não criar ruídos. Isso porque recentemente, o secretário especial da Fazenda, Wadery Rodrigues, declarou que os recursos para o novo programa seriam garantidos por meio de congelamento no valor de aposentadorias.
Bolsonaro rebateu a fala do secretário, afirmando que jamais tiraria dos pobres para dar aos paupérrimos. O presidente também proibiu comentários sobre o Renda Brasil, nome cogitado anteriormente para o substituto do Bolsa Família e negou alterações no abono salarial do PIS.