Bolsonaro prevê valor do programa que dará sequência ao auxílio emergencial

Paulo Guedes afirmou que não haverá nova prorrogação do auxílio. A expectativa é criar o Renda Cidadã até o fim do ano para não deixar os brasileiros desassistidos.



O Governo Federal prorrogou o auxílio emergencial até dezembro de 2020, com redução das parcelas de R$ 600 para R$ 300. Entretanto, de acordo com ministro da Economia, Paulo Guedes, o benefício não será estendido para 2021. Por esse motivo, a expectativa é que o Renda Cidadã seja criado até o fim do ano.

A ideia é que o novo programa, substituto do Bolsa Família, também dê sequência ao auxílio emergencial, para não deixar esse grupo desassistido. Contudo, atualmente o governo enfrenta dificuldade para definir a forma de financiamento do Renda Cidadã.

A princípio, a ideia era viabilizar o novo programa com com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e de precatórios. No entanto, o mercado não reagiu bem e o governo recuou.

Qual o valor do Renda Cidadã?

Segundo Lauro Jardim, colunista do jornal O Globo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o substituto do Bolsa Família não pode ser menos de R$ 300 por mês, atual valor do auxílio emergencial. O Renda Cidadã deve começar a valer em janeiro de 2021.

Porém, a versão final do novo programa só deve ser apresentada após as eleições municipais, já que, no momento, o foco é a temporada política. “Tudo pode acontecer depois das eleições”, disse à Reuters uma fonte envolvida nas negociações.

Paulo Guedes também já havia indicado que as discussões sobre o Renda Cidadã seriam após o pleito. O anúncio foi feito durante um pronunciamento no dia 2 de outubro.

“Agora, você está numa temporada política… Você a 40, 50 dias de eleição, como é que você vai entrar nessa brigalhada? A 40, 50 dias das eleição, vai falar que o Renda Brasil vai ser R$ 300: ‘Não, não dá, é dinheiro demais’. Ah, então vai ser R$ 190: ‘Ah, não pode, lá embaixo também, assim não dá’. Isso é hora de discutir isso?”, questionou o ministro da Economia.

Sendo assim, o novo programa segue sem a definição exata do valor e da forma de financiamento. Vale ressaltar que Guedes negou que tenha concordado com a recente forma de viabilizar o programa, que previa usar recursos do Fundeb e de precatórios.

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