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Mais de oito milhões de trabalhadores receberão o 13º salário reduzido; Entenda

Com a suspensão de contratos durante a pandemia do novo coronavírus, o valor do benefício pode ser menor. Confira algumas dicas para se planejar financeiramente.



O 13º salário, destinado a trabalhadores com carteira assinada, começou a ser pago em novembro. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a parcela extra deve injetar R$ 208 bilhões na economia. No entanto, brasileiros podem receber um valor menor do que o esperado.

Isso porque muitos funcionários tiveram modificações no contrato de trabalho durante a pandemia do novo coronavírus, o que pode afetar o valor do benefício. Dados do painel do Benefício Emergencial, divulgado pelo Ministério da Economia, apontam que 8,5 milhões de contratos foram suspensos entre abril e novembro.

Desta forma, o cálculo do 13º salário será feito de forma proporcional ao período trabalhado, o que diminui o valor. Veja como se planejar para minimizar os impactos da redução do pagamento extra.

Redução do 13º salário

Segundo o economista e planejador financeiro pessoal João Gondim Neto, a queda no valor é reflexo das mudanças trabalhistas previstas na Medida Provisória 936. O documento permitiu, por exemplo, a suspensão de contratos para evitar demissões em massa na pandemia.

“O 13º será reduzido para muitos trabalhadores, neste ano, porque ele é calculado com base nos meses em que o trabalhador prestou serviço por mais de 15 dias. Como houve suspensão do contrato de trabalho, a expectativa é de que os meses em que o colaborador não trabalhou não sejam contabilizados, consequentemente, impactando o valor a ser recebido”, explica o Gondim.

Além disso, o especialista também reforça que uma possível segunda onda da covid-19 pode impactar, inclusive, no valor do benefício em 2021.

“A Europa passa por uma segunda onda e alguns países enfrentam por uma nova fase de lockdown. Com a eleição do Joe Biden nos Estados Unidos, há uma tendência de que o novo presidente também tome medidas mais restritivas e que podem ser seguidas no Brasil, já que é esperada uma nova onda no próximo ano”, afirma o economista.

Como planejar o orçamento para 2021?

Muitos brasileiros aproveitam o 13º salário para quitar dividas em atraso ou para planejar os gastos de 2021. Por esse motivo, o planejador financeiro alerta para a necessidade de organizar a vida financeira. “A ideia é que essa renda extra passe a ser uma receita para uso futuro, e não para pagar gastos do passado”, reforçou Gondim.

Isso porque é muito comum que as pessoas façam mais compras em épocas festivas, sobretudo no final de ano. Por isso, o economista recomenda que seja feita uma reflexão para avaliar a real necessidade do consumo. O mesmo vale para compra de presentes, que deve ser feita de forma consciente.

A estratégia é evitar parcelamentos, assim o ganho futuro não estará comprometido com despesas do passado. Além do mais, ao comprar à vista o cliente tem mais condições de negociar um bom desconto.

Por fim, o economista dá outra dica: “ao invés de contar com o 13º salário para pagar o IPTU, o IPVA ou o material escolar dos filhos, calcule esse gasto anual e divida por 12 e poupe esse montante a cada mês. Muitas pessoas tentam pagar os gastos eventuais, como o seguro do carro e o IPTU, com a receita eventual, como o 13º e as férias. O ideal seria encaixar o orçamento considerando as despesas eventuais dentro do orçamento mensal”

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