O governo federal não deve criar o programa Renda Cidadã, nem renovar o auxílio emergencial, a proposta agora, de acordo com integrantes do alto escalão, é manter o Bolsa Família e ampliar as regras para que possam beneficiar mais pessoas.
Matéria do Globo desta quinta, 11, afirma que o presidente Jair Bolsonaro não trabalha com a possibilidade de renovar o auxílio, que está atualmente no pagamento residual de R$ 300 e que acaba no próximo mês. Bolsonaro também teria desistido de criar o Renda Cidadã neste ano.
Contudo, o governo estima que pelo menos três milhões de famílias de trabalhadores informais precisam continuar recebendo assistência a partir de janeiro. O benefício criado durante a pandemia atende mais de 67 milhões de pessoas.
Com o fim do auxílio em dezembro, e os sinais de retomada da atividade econômica, a previsão é que o desemprego vá ser um problema maior para o governo no ano que vem, pois muitos brasileiros que estão recebendo o benefício, vão voltar a procurar uma colocação no mercado, o que vai impactar nos índices de desemprego.
Por que desistir do Renda Cidadã?
De acordo com o governo, não há mais empenho, disposição nem tempo para aprovação no Congresso de reformas defendidas pela equipe econômica para discutir o programa social em 2020, e a agora a saída é manter o Bolsa Família.
Antes era Renda Brasil
Em julho, o que o governo chama hoje de Renda Cidadã nasceu como Renda Brasil. A proposta tem o objetivo de criar um projeto para ampliar o número de beneficiários e de valores do Bolsa Família, porém acabando com outros programas, como abono salarial e seguro-defeso.
No mês de setembro, para financiar a ideia foi sugerido usar precatórios (dívidas do governo reconhecidas pela Justiça) e o dinheiro do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Diante da reação negativa e muitas críticas, o governo recuou e agora desistiu do Renda Cidadã.
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