Que o leilão de ativos móveis da Oi (OIBR3) seria vencido por suas rivais TIM (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Claro era consenso entre integrantes do mercado, mas a questão agora é se ainda há valor na ação da empresa a ser destravado em 2021.
Na data do anúncio, os papeis da Oi tocaram queda expressiva de quase 10%, e alguns já dizem que não há mais como alavancar a operadora no próximo ano. Mesmo assim, a Ágora Investimentos mantém o preço-alvo de R$ 3,40 para a ação ordinária da companhia.
“O resultado do leilão está em linha com o nosso cenário base e vemos como uma notícia positiva para o setor de telecomunicações como um todo”, avaliaram os analistas Fred Mendes e Flávia Meireles.
O relatório da equipe da Ágora diz que a tendência em um mercado com apenas três integrantes é uma competição mais racional. Além disso, a Oi pode aplicar os recursos em desalavancagem e investir em sua rede de fibra óptica.
Tim, Vivo e Claro também ganharam com o negócio, já que ele possui “riscos limitados para sua aprovação”, embora ainda dependa de liberação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), disse o relatório.
“Vemos a TIM e a Vivo negociando com múltiplos descontados, abaixo de suas médias históricas, o que, em nossa opinião, não considera a melhoria estrutural do setor”, explicaram os analistas.
A Ágora tem recomendação de compra para a Oi (OIBR3), com preço-alvo de R$ 3,40. Para a Tim, (TIMS3) a recomendação também é de compra, com preço-alvo de R$ 19,50. Já para a Vivo (VIVT3), a recomendação é neutra com preço-alvo de R$ 61.
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