Os gastos com supermercado voltaram a crescer em novembro deste ano. A categoria Alimentação e bebidas avançou ainda mais, indo de 1,93% em outubro para 2,54% em novembro, de acordo com Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com esses números, o setor colaborou com 0,53 ponto percentual para a taxa de 0,89% do IPCA no mês. “A aceleração (do IPCA) nos últimos meses foi muito em função dos preços dos alimentos”, afirmou o gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE, Pedro Kislanov.
Consumo domiciliar
Os preços dos alimentos para consumo domiciliar cresceram 3,33% em novembro. As carnes encareceram 6,54%, sendo o produto com maior impacto sobre o IPCA do mês, um reforço de 0,18 ponto percentual.
Entre as verduras, a batata-inglesa elevou 29,65%, na quarta maior pressão sobre a inflação, 0,05 ponto percentual. Na sequência, o tomate aumentou 18,45%, com reflexo de 0,05 ponto percentual.
Comprar arroz também ficou 6,28% mais caro, só não teve aumento maior que o óleo de soja, de 9,24%. Por outra perspectiva, o leite longa vida apresentou a contração de 3,47%, maior contribuição negativa para a inflação, -0,03 ponto percentual.
Alimentação fora do domicílio
O custo da alimentação fora do domicílio aumentou 0,57% em novembro, instigada pelo acréscimo na refeição fora de casa, de 0,70%. Das bebidas, a cerveja avançou 1,33%, e o refrigerante e a água mineral elevaram 1,05%.
O acumulado da categoria de alimentos e bebidas teve aumento acumulado de 12,14%, entre janeiro e novembro de 2020. No prazo de um ano, o acréscimo foi de 15,94%.
Já a taxa do IPCA acumulada em 12 meses foi de 4,31% em novembro, igual patamar de dezembro do ano passado.
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