O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou recentemente que o Governo Federal não pretende prorrogar o auxílio emergencial para o ano de 2021. De acordo com o economista, a pandemia do novo coronavírus está cedendo no país e a atividade econômica voltou a crescer.
Guedes alegou que o benefício poderia ter duração de até um ano se as parcelas fossem de R$ 200, como a equipe econômica propôs inicialmente. No entanto, com a liberação de cinco parcelas de R$ 600 e, posteriormente, mais quatro R$ 300, o novo programa acabou demandando muitos recursos da União.
O ministro ainda confirmou que há uma pressão política para que o benefício seja estendido por mais tempo, mas que, no momento, essa possibilidade não está nos planos. Ele disse que as ações do Governo serão baseadas em evidências, e que em eventual situação de emergência, a pasta saberá como reagir.
“Os fatos são que a doença cedeu bastante e a economia voltou com muita força. Então, do ponto de vista do governo, não existe a prorrogação do auxílio emergencial”, afirmou Guedes.
Parlamentares defendem auxílio até 2021
Diante da dificuldade em criar um novo programa social, a ala política do governo voltou a defender a prorrogação do auxílio emergencial por mais três meses no ano que vem. Na ocasião, assessores afirmaram que o presidente Jair Bolsonaro só deveria se posicionar sobre o tema após o fim do segundo turno das eleições municipais.
“A decisão é do presidente Bolsonaro e, até agora, ele não tomou uma posição. Deve decidir entre esta e a próxima semana, sabendo da importância do benefício para a população que está em situação de vulnerabilidade”, disse um assessor presidencial.
O integrante da equipe do governo admite que as pressões pela prorrogação do auxílio aumentaram, mas informa que será preciso garantir o cumprimento do teto de gastos públicos. De acordo com o texto em vigor, o pagamento do auxílio emergencial vai até dezembro de 2020.
A expectativa dos líderes do governo no Congresso é aprovar a chamada PEC Emergencial ainda neste ano e incluir no texto o novo programa social. Contudo, a própria base aliada do presidente acredita que isso seja praticamente impossível.
Por esse motivo, a ala política do governo defende que o auxílio emergencial continue a ser pago até o Congresso aprovar medidas que garantam um novo programa social ou a reformulação do Bolsa Família.
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