O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou que não haverá prorrogação do auxílio emergencial ou a criação de um novo programa governamental de distribuição de renda. Contudo, a ideia é “aumentar um pouquinho” o Bolsa Família.
Bolsonaro ainda disse que a proposta do auxílio emergencial, criado para socorrer financeiramente brasileiros vulneráveis durante a pandemia, é justamente de ser temporária, visto que um possível alongamento nos pagamentos pode gerar um endividamento do país e um consequente desequilíbrio nas contas públicas.
“Auxílio é emergencial, o próprio nome diz: é emergencial. Não podemos ficar sinalizando em prorrogar e prorrogar e prorrogar”, disse o presidente, enfatizando que o benefício “acaba agora em dezembro”.
Sobre o Renda Brasil
Durante entrevista concedida ao apresentador José Luiz Datena, da TV Band, Bolsonaro também falou sobre o Renda Brasil. O programa social, que tinha como objetivo substituir o Bolsa Família, não deverá sair do papel. “Quem falar em Renda Brasil, eu vou dar cartão vermelho, não tem mais conversa”, disse o presidente.
A partir de agora, a ideia é focar no Bolsa Família, aumentando um “pouquinho” o valor atual do benefício. O argumento para a tomada de decisão tem como justificativa a manutenção das contas da União para evitar o aumento da inflação que, nas palavras do presidente, é “o imposto mais danoso que existe para todo mundo”.
Nova proposta de prorrogação do auxílio emergencial
Apesar das tratativas envolvendo o auxílio emergencial parecerem definitivas, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), apresentou na segunda-feira, 14, um projeto de lei que propõe uma nova prorrogação do auxílio emergencial, assim como a extensão do prazo de calamidade pública para 31 de março de 2021.
Conforme pautado no texto, o pagamento das parcelas no valor de R$ 300 seria mantido aos beneficiários que hoje já recebem as quantias residuais. Segundo o senador, a instabilidade econômica permanecerá pelo menos até o primeiro trimestre do ano que vem.
“O fato é que, por conta da inércia do governo federal, simplesmente não teremos um programa nacional de vacinação em execução antes de março. É preciso fazer essa ponte para manter o mínimo de estabilidade social até lá”, declarou Vieira.
Apesar da proposta, para ser aprovado, o PL precisa ser apreciado e votado na Câmara dos Deputados e Senado Federal, tal como receber a sanção presidencial.
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