O auxílio emergencial chega ao fim neste mês. Sem anúncio de prorrogação até o momento, muitos brasileiros passarão a enfrentar mais dificuldades em manter as contas do dia a dia durante a pandemia de coronavírus.
Na tentativa de continuar atendendo a categoria de trabalhadores informais, o governo estuda a criação de um programa de microcrédito pela Caixa Econômica Federal, instituição responsável pelos repasses do benefício emergencial voltado à população de vulneráveis.
A medida, inclusive, já tem valores de financiamentos, que podem variar de R$ 10 bilhões a R$ 25 bilhões, na implementação de ações que ofereçam crédito facilitado. O intuito é garantir contratações com limites entre R$ 1,5 mil a R$ 5 mil aos beneficiários.
Investimentos no próprio negócio
De acordo com mais recente declaração do governo federal, o fim do auxílio emergencial de forma permanente é mais que certo. Isso porque, de acordo com representantes da mais alta ala política, o Orçamento da União não conta com recursos suficientes para manter uma nova prorrogação do benefício.
Sendo assim o foco está em garantir autonomia financeira para que o público de trabalhadores informais possa trabalhar. Na defesa de um novo programa de microcrédito para 2021, o governo deu como exemplo beneficiários do auxílio emergencial que utilizaram dos recursos oferecidos para dar início em um negócio.
A criação do novo microcrédito visa, sobretudo, atingir o grupo de “invisíveis”, que até a criação de uma conta social digital para recebimento do auxílio emergencial permaneciam fora do olhar do governo para programas sociais. Atualmente, estima-se que haja ao menos 38,1 milhões de trabalhadores nesta situação.
Subsídios para o microcrédito
Como mencionado anteriormente, o valor disponível na nova linha de microcrédito pode variar de R$ 10 bilhões a R$ 25 bilhões. Para isso, uma das medidas em discussão é aumentar a parcela dos recursos que os bancos são obrigados a pagar junto ao Banco Central, os chamados “depósitos compulsórios”.
Outra opção em estudo pelo governo é implantar um novo programa social que possa substituir o Bolsa Família, na inserção de mais beneficiários. Inicialmente, o projeto, que tinha até recebido o nome de Renda Cidadã, acabou sendo engavetado por falta de recursos que possam garantir seu desenvolvimento.
Como forma de atenuar a situação, foi anunciado um pequeno aumento para o Bolsa Família, que tem valor médio de R$ 190. Apesar do anúncio, ainda não foram divulgadas novidades acerca do reajuste em 2021. Apenas o calendário contendo todas as datas de repasse teve divulgação.
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