O retorno dos pagamentos do auxílio emergencial pode estar mais perto do que se imagina. Em cerimônia recente no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro confirmou que está negociando a volta do benefício com ministros de seu governo, embora não tenha dado detalhes sobre o número de parcelas nem sobre o novo valor.
Reforçando as esperanças de uma volta, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), declarou que há uma “expectativa positiva” de um anúncio ainda nesta semana, mas também não forneceu mais informações.
“Estamos negociando com (os ministros) Onyx Lorenzoni, Paulo Guedes, Rogério Marinho, entre outros, a questão de um auxílio ao nosso povo, que está ainda em uma situação bastante complicada”, disse Bolsonaro, segundo informações do G1.
“Sabemos que estamos, Paulo Guedes, no limite do nosso endividamento. Devemos nos preocupar com isso. Temos um cuidado muito grande com o mercado, com os investidores e com os contratos, que devem ser respeitados. Nós não podemos quebrar nada disso. Caso contrário, não teremos como garantir que realmente o Brasil será diferente lá na frente”, acrescentou.
Pacheco chegou a falar sobre uma reunião com Paulo Guedes, garantindo que o ministro compreende a demanda por mais ajuda. “[Há uma] compreensão do Ministério da Economia de que é preciso atender esse reclame do Congresso Nacional, essa necessidade de assistir as pessoas com algum formato de assistência social análogo ao auxílio emergencial ou incremento de algum programa social existente, como o Bolsa Família”, afirmou o senador.
Ministro confirma volta do auxílio emergencial
Depois de se reunir na última semana com Pacheco e Lira, o chefe da pasta de economia declarou em entrevista que o auxílio emergencial deverá ganhar uma nova rodada. No entanto, segundo ele, somente metade dos contemplados no ano passado devem receber em 2021.
Na mesma ocasião, ele reiterou sua preocupação com a situação fiscal do país e mencionou a necessidade de “cláusulas necessárias” para viabilizar novos pagamentos.
“O auxílio emergencial, se nós dispararmos as cláusulas necessárias, dentro de um ambiente fiscal robusto, já mais focalizado – em vez de 64 milhões, pode ser a metade disso, porque a outra metade retorna para os programas sociais já existentes –, isso nós vamos nos entender rapidamente porque a situação do Brasil exige essa rapidez”, explicou o ministro.
Apesar das declarações, Guedes não especificou quais serão os critérios para concessão do benefício nem tampouco o novo valor do auxílio.
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