A continuação dos pagamentos do Bolsa Família seria mais efetivo para combater a pobreza do que a volta do auxílio emergencial, como afirmou o economista da ESPM, Leonardo Trevisan. Isso porque de acordo com ele, o custo do auxílio não é tão positivo quando comparado ao do Bolsa Família.
Apesar do auxílio ter fornecido assistência financeira as famílias de baixa renda no ano passado, ele gerou uma despesa de R$ 294 bilhões até o dia 22 de dezembro, referente a 14% do PIB. Enquanto que o Bolsa Família trouxe um gasto de somente 0,58% do PIB em 2019.
Além de ser mais barato, Trevisan afirmou em entrevista ao Money Times que o Bolsa Família entrega melhores resultados. “A diferença entre o Bolsa Família e o auxílio emergencial, por mais necessário que o último seja, é a vinculação de obrigações impostas às mães das famílias beneficiadas”, disse o economista.
O especialista explicou as contrapartidas estabelecidas para receber o Bolsa Família são um instrumento essencial para o combate a desigualdade, isso porque os filhos das famílias beneficiadas são obrigados a frequentar a escola e as mães devem comparecer às consultas médicas, o que não acontece com o auxílio emergencial.
Dessa forma, o impacto social do Bolsa Família é muito maior do que o do auxílio emergencial, pois este última libera o dinheiro sem nenhuma compensação pelo beneficiário em ações que o ajudariam a sair da situação de baixa renda.
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