O ministro da Cidadania, João Roma, anunciou no dia 18 de março que o governo federal estuda reformular o programa Bolsa Família no prazo de alguns meses. Durante a declaração, Roma chegou a admitir que o valor atual do benefício é baixo e precisa ser melhorado.
A intenção é unificar alguns benefícios sociais já existentes e associá-los ao Bolsa. Como por exemplo, diversos recursos oferecidos por meio de programas tradicionais de incentivo escolar, esportivo e científico. A previsão de implementação das mudanças aponta para após o fim das nova parcelas do auxílio emergencial, no mês de agosto.
“Estamos, sim, estudando uma reestruturação do programa para que, já no mês de agosto, após a última parcela do auxílio emergencial, beneficiários do Bolsa Família possam encontrar um programa mais robusto que possa de fato servir como um caminho intermediário na saída do auxílio para retomada inclusive do crescimento econômico brasileiro e avançar com essa rede de proteção”, disse o ministro.
Valor do novo Bolsa Família
Até o momento, a média inicial proposta para a reformulação do Bolsa Família é de R$ 190, embora exista a chance de a quantia ser elevada para R$ 200. É importante destacar que as faixas de renda utilizadas como base para a linha de corte do programa também podem mudar. Confira:
- Cidadãos enquadrados em situação de extrema pobreza, atualmente com renda de até R$ 89, poderão ter renda de R$ 92 por pessoa, segundo a proposta em elaboração;
- Já no caso de pobreza, quando são aceitas pessoas com renda de até R$ 178 por pessoa, o valor de corte deve subir para aproximadamente R$ 192. Em ambos os casos, as mudança propõem ampliar o número de elegíveis para o programa.
“Nós pretendemos que o valor aumente e queremos rever o programa para que ele seja mais efetivo. Talvez, com alguns outros ingredientes. Estudamos aliar o benefício financeiro a outras políticas públicas”, declarou João Roma.
Como vai funcionar a reformulação do Bolsa Família
A princípio, a proposta do governo é promover até três bolsas por mérito, sendo elas de caráter escolar, esportivo e científico. O objetivo é premiar os estudantes de famílias cadastradas no Bolsa Família de acordo com o empenho demonstrado em cada uma das áreas citadas.
A ação conta com o apoio e parceria dos ministérios da Ciência e Tecnologia e Educação. A previsão é contemplar logo nos primeiros anos de mudanças cerca de 10 mil estudantes com bolsas de mérito esportivo (voltada para aqueles que se destacarem em jogos escolares) e 10 mil para aqueles com notoriedade na categoria iniciação científica.
Por meio das bolas, o estudante terá a chance de conseguir R$ 100 por mês, ao passo que a família será contemplada com uma cota única no valor de R$ 1 mil, totalizando ao fim R$ 2.200 anuais. Estima-se que o pagamento extra das bolsas por mérito devam custar cerca de R$ 50 milhões a mais aos cofres públicos.
Além destas mudanças, o governo federal também almeja unificar e simplificar outros seis modelos de benefícios integrados ao Bolsa Família, incluindo o pagamento de um auxílio-creche.
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