Relatório da XP diz que Nubank pode superar Banco do Brasil

Em janeiro deste ano, o Nubank obteve um aporte de US$400 milhões, em uma rodada série liderada por investidores globais como Whale Rock, Invesco e GIC.



É inegável o sucesso do Nubank, hoje o banco conta com 35 milhões de clientes,  e pode superar o Banco do Brasil em 2023, quando completará o seu 10º ano de vida, segundo relatório da XP, que chama a fintech (financeiras tecnológicas) criada por David Vélez de a “ameaça roxa”.

De acordo com o relatório escrito pelos analistas Marcel Campos e Matheus Odaguil, o Nubank aumentou 13 milhões de clientes em 2020, o que o fez integrar entre os cinco maiores bancos brasileiros.“À medida que o banco aumenta sua base de clientes em mais de 1 milhão de clientes por mês, o Nubank deve atingir o líder de mercado de 200 anos em seu décimo ano de vida”, afirma um trecho do relatório.

O Banco do Brasil é o líder nesse ponto, com 74 milhões de clientes.  Em seguida aparecem Bradesco, Itaú e Santander. Mas a fintech é a primeira colocada em número de usuários ativos mensais de aplicativos, já atingiu uma participação de mercado de 5% no volume total de pagamentos (transações com cartões).

Quando se trata apenas do digital, o Nubank já é o player número 1, com 21 milhões de usuários ativos mensais. O segundo colocado, o Itaú, tem 11 milhões de usuários. Mas a fintech dona de uma cartão de crédito com a cor roxa, tem ampliado sua liderança, pois dobra o número de downloads em relação aos bancos incumbentes.

O relatório da XP também estudou o PIX como um proxy para pagamentos. E nesse item, o Nubank também lidera, com uma participação de 24% nas primeiras 34 milhões de chaves do sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central.

Os dados do Banco Central do Brasil revelam também que a participação de mercado de empréstimos de cartão de crédito rotativo do Nubank no terceiro trimestre de 2020 foi de 4%.

Todas as operadoras históricas, com exceção do Santander, perderam participação no período. O Itaú, por exemplo, passou de 37%, no início de 2014, para 30% no terceiro trimestre de 2020. “Em pagamentos, o estrago já está feito”, diz um trecho do relatório.

Além de crescer em pagamentos e crédito, o Nubank está também se ampliando para outros mercados. Em 2020, comprou a plataforma de investimentos Easynvest e fechou uma parceria com a Chub, na qual deu início a sua operação de seguros.

Em janeiro deste ano, o Nubank obteve um aporte de US$400 milhões, em uma rodada série  liderada por investidores globais como Whale Rock, Invesco e GIC. Também  estiveram na rodada outros gigantes do Vale do Silício como Sequoia, Tencent, Dragoneer e Ribbit. Com isso, foi avaliado em US$ 25 bilhões.

Com essa contribuição, a fintech já vale mais do que o Banco do Brasil, cuja capitalização é de R$84,5 bilhões (o Nubank vale R$139 bilhões na conversão com o dólar de hoje), e o Santander Brasil, avaliado em R$135 bilhões. O Itaú tem valor de mercado de R$250 bilhões e o Bradesco, R$211 bilhões.

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