Rendimento do FGTS, Tesouro Selic, CDB ou Poupança: Qual rende mais?

Saiba quem ficará na frente da disputa de rendimentos com o recente aumento da taxa básica de juros, a Selic.



Notícia boa para quem possui saldo no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Isso porque o recurso conta há um ano com uma das melhores taxas de investimentos em comparação às opções de renda fixa, como os CDBS, Tesouro Selic e Poupança.

A remuneração fixa do FGTS está em 3% ao ano. Já as outras seguem a taxa de juros básica (Selic), que chegou ao patamar histórico de 2% durante o período mais crítico causado pela pandemia. Quando se trata de investimentos, o FGTS acabou lucrando mais.

Duelo de investimentos

No entanto, uma reviravolta no mercado financeiro pode acabar com os dias de vantagem do FGTS. Recentemente, o Banco Central decidiu aumentar a Selic, definida agora em 3,5% ao ano. A expectativa, inclusive, é que ela continue subindo nos próximos meses.

“A expectativa é que a taxa Selic não pare nesses 3,5% e continue subindo mais, o que significa que haverá outras opções de investimento bastante conservadoras e que já vão ter um rendimento maior do que ele [FGTS]”, explica Amanda Bachesque, da empresa Planejar.

Em outras palavras, isso significa que, tanto o Tesouro Selic e CDBs que pagam CDI, por exemplo, ambos investimentos em renda fixa, passaram a empatar com os lucros do FGTS.

Mas como o rendimento do FGTS a 3% ao ano pode empatar ou ficar superior ao de demais rendas fixa com patamar de 3,5% ao ano? A resposta é simples: as principais opções de investimento atualmente pagam Imposto de Renda (IR) sobre os ganhos, enquanto o FGTS é livre de impostos.

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Ademais, se for considerada a distribuição de lucros do FGTS anual, que acontece anualmente desde 2017, o FGTS ainda consegue ter mais fôlego que outras aplicações. Em 2020, foram distribuídos entre os cotistas R$ 7,5 bilhões de lucros de investimentos, oferecendo um rendimento de 4,9% às contas vinculadas dos trabalhadores.

Lembrando que não há como o cidadão depositar diretamente no FGTS. Ele é uma poupança paga pela empresa aos empregados com carteira assinada, o equivalente a 8% do salário a cada mês. O fundo, no entanto, pode ser sacado pelo trabalhador em situações específicas, como demissão sem justa causa, doença grave ou compra de imóvel.

E a poupança?

No caso da poupança, assim como no FGTS, não há cobrança de IR ou taxa. Porém, o ela ainda fica de lado e abaixo de todas as demais aplicações quando o assunto é rendimento. O motivo? Ela paga apenas 70% da Selic. Com o aumento recente na taxa, o lucro ficou em 2,45% ao ano, abaixo dos 3% do FGTS e da taxa básica em sua totalidade, a 3,5%.

Agora, a expectativa é de que os investimentos em renda fixa voltem a ganhar força com o aumento da Selic, como as LCAS, e LCIS, isentas de imposto. Caso paguem 100% do CDI, por exemplo, elas voltarão a passar com folga o rendimento básico do FGTS.

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