O governo federal pode estender o auxílio emergencial em mais duas parcelas, ou seja, durante outros dois meses. Se isso se concretizar, a ajuda destinada aos trabalhadores vulneráveis durante a pandemia da Covid-19 será prorrogada até setembro. Atualmente, o benefício contempla cerca de 39,1 milhões de brasileiros, no pagamento de parcelas entre R$ 150 e R$ 375.
A equipe econômica deve abrir um crédito extraordinário de aproximadamente R$ 12 bilhões para bancar a prorrogação da medida. O montante irá reforçar os cerca de R$ 7 bilhões que já estão disponíveis no teto de R$ 44 bilhões, destinado para os repasses iniciais das quatro parcelas. Como o número de famílias beneficiadas ficou abaixo do projetado, sobraram recursos.
Se aprovado, o crédito extraordinário vai bancar as despesas emergenciais, sem considerar o teto de gastos – a regra limita o avanço das despesas pelo governo em razão da inflação. A prorrogação do auxílio emergencial deve acontecer mediante aprovação de nova medida provisória (MP).
Novo Bolsa Família
A prorrogação da ajuda aos cidadãos mais vulneráveis durante a pandemia vai funcionar como uma ajuda extra em um possível cenário de agravamento da crise sanitária. O pagamento dos valores também permitirá que o governo ganhe tempo até o lançamento de uma nova política social.
O objetivo é criar um novo programa que irá suceder o Bolsa Família. Assim como apresentou o Estadão/Broadcast, para isso de fato acontecer, o substituto do benefício precisa ser implementado até dezembro de 2021, caso contrário acabará engavetado. O motivo é a lei que veda a adoção desse tipo de ação durante ano eleitoral, a valer a partir de janeiro do ano que vem.
As novidades estratégicas relacionadas ao lançamento da nova política são mantidas até então à sete chaves pela ala mais alta do governo. Durante reuniões mais recentes, a reformulação prevista incluía apenas modificar o Bolsa Família, oferecendo bolsas de mérito escolar e esportivo, além de um valor extra para ajudar no pagamento de mensalidades em creches.
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