Cibercriminosos que utilizam a internet para aplicar golpes estão criando esquemas cada vez mais sofisticados para tirar dinheiro de suas vítimas. Agora, esse tipo de crime utiliza ferramenta modernas como o WhatsApp e outros aplicativos, e não mais somente o telefone.
Recentemente, as criptomoedas serviram de isca para um novo golpe na praça. As moedas digitais são hoje o método mais citado por vítimas de esquemas criminosos financeiros, segundo pesquisa do Centro de Estudos Comportamentais e Pesquisas (CECOP) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Dados da pesquisa
De acordo com o que foi apurado, o WhatsApp é o principal canal de comunicação entre os golpistas e as vítimas, seguido pela divulgação “boca a boca” em segundo lugar. Também ficou constatado que mais da metade dos entrevistados que caíram em golpes pela internet conheciam o fraudador. Apenas 29,8% das vítimas desconheciam os criminosos.
Outro ponto importante é que a grande maioria das vítimas são homens, já que o grupo tem demonstrado mais interesse nesse tipo de ativo. Os motivos citados para cair no esquema foram:
- Aparência do site transmitia confiança (39,9%);
- Familiares ou amigos que já haviam feito o investimento (38,8%); e
- Bom atendimento por WhatsApp ou outro meio (35,4%).
O levantamento ainda apontou que os golpes envolvendo criptomoedas no WhatsApp e outros canais geraram perdas de R$ 100 até R$ 100 mil. Cerca de 22,5% das vítimas perderam entre R$ 10 mil e R$ 50 mil, enquanto 21,3% gastaram entre R$ 1 mil e R$ 5 mil.