Por meio da Medida Provisória (MP) 946, de 2020, o governo federal liberou o saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Na ocasião, houve a liberação de saques de até um salário mínimo (R$ 1.045 na época) para quem tinha saldo no fundo.
O objetivo da medida era apoiar os trabalhadores com carteira assinada no enfrentamento da pandemia. Enquanto esteve em vigor, a medida liberou cerca de R$ 36,5 bilhões, inclusive com possibilidade de movimentação pelo aplicativo Caixa Tem. Por este fato, o saque emergencial do FGTS também é bastante aguardado em 2021.
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Logo nas primeiras semanas do ano, integrantes da equipe econômica do governo chegaram a declarar que a situação pandêmica no país ditaria ou não a necessidade do saque emergencial do FGTS. No entanto, de lá para cá, mesmo após uma nova onda de contaminações pelo coronavírus, não houve tratativas concretas relacionadas a uma nova rodada de pagamentos do benefício.
Recentemente, o Ministério da Economia decidiu se pronunciar sobre um possível pagamento emergencial do FGTS. O órgão declarou que não está nos planos do governo uma nova rodada de pagamentos da modalidade.
“Não há liberações extraordinárias de saldos do FGTS sendo consideradas no momento. Outras medidas de apoio ao enfrentamento dos efeitos econômicos da pandemia estão sendo priorizadas”, informou o Ministério da Economia em nota.
Ou seja, o governo prioriza no momento os repasses de outros benefícios emergenciais, como o auxílio e o programa de suspensão de contratos de trabalho e redução de jornada, o BEm. Além disso, outra preocupação já narrada pela equipe econômica é de que o saque emergencial em anos seguidos pode prejudicar e comprometer a sustentabilidade do fundo.