A dificuldade de adquirir um celular novo ou computador para trabalho aumentou nos últimos meses. Com a alta do dólar, a maior parte dos produtos ficou mais cara. Aliás, o custo de vida subiu de um modo geral. O jeito é parcelar o que dá e fazer os cálculos para as prestações se adequarem ao “tamanho do bolso”. O problema é que nem sempre há limite suficiente no cartão e, por isso, as empresas oferecem o parcelamento de boletos.
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A opção não é exatamente uma novidade, mas tem se popularizado cada vez mais. Com o agravamento da crise econômica, há quem precise parcelar despesas básicas. Contas de água e luz acabam entrando entre as dívidas do consumidor.
Não é de se admirar que quase 70% das famílias brasileiras estejam endividadas em 2021. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O número reflete o quadro do primeiro semestre deste ano, mas a situação continua semelhante.
A inflação dos preços da cesta básica é outro fator que contribui para o endividamento do povo. No fim do mês, portanto, é normal sobrar aquele boleto atrasado. Por isso, muitos recorrem a soluções de parcelamento dessas contas. Contudo, será que vale a pena utilizar esse recurso?
Como funciona o parcelamento
Financeiras como o Nubank e o PicPay oferecem essa possibilidade. O Mercado Livre também, assim como diversas outras instituições.
O grande problema está na taxa de juros e no acúmulo de dívidas gerado pelos parcelamentos. Se não houver uma boa estratégia, a tendência é a de que o orçamento fique cada vez mais curto.
No PicPay, por exemplo, o boleto sofrerá com uma taxa de 3,09%, além de 3,69% sobre cada prestação. “Há a opção de fazer o pagamento misto de um boleto: com o valor do saldo em carteira e parcelamento do restante com o cartão de crédito”, explica a empresa.
O Nubank também permite a prática. É possível fazer o parcelamento de valores até R$ 5 mil no cartão de crédito. Alguns usuários também conseguem parcelar o boleto diretamente em até 12 vezes sem juros. As taxas variam entre 2% a 6%.
Vale a pena?
De acordo com especialistas, se não tiver jeito de pagar as contas sem parcelar, analise os juros. Veja se sai mais barato utilizar o cartão de crédito ou alguma outra ferramenta de parcelamento de boletos.
Além disso, há sempre a opção de conseguir empréstimos. Alguns clientes podem ter acesso a juros bastante atrativos. O jeito é analisar qual possibilidade compensará mais em longo prazo.