A taxa básica de juras, a Selic, atingiu sua mínima histórica em 2020, quando chegou valer 2% ao ano. Na ocasião, ninguém imaginava que ela retornaria para cima dos 8,5%, fato que pode acontecer durante a sua próxima atualização. Tais mudanças afetam diretamente quem coloca o dinheiro na poupança.
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No mês de outubro de 2021, a Selic subiu de 6,25% para 7,75% ao ano, o equivalente a 1,5 ponto. Contudo, a estimativa é de que na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), agendada para os dias 7 e 8 de dezembro, a taxa ultrapasse os 8,5%, cenário que não era vista desde julho de 2017.
O que acontece é que, assim que a Selic ultrapassa os 8,5% ao ano, passa a valer uma nova regra de rendimento da poupança que acaba impactando diretamente a vida dos brasileiros que investem quantias nela.
Quanto rende a poupança com a Selic superior a 8,5%?
Caso a Selic passe a valer 8,5% ao ano como aponta a previsão, o rendimento da caderneta de poupança irá se tornar ainda menos vantajoso quando comparado a outros investimentos em renda fixa, que costumam crescer a 100% do CDI.
Isso se dá em razão dos cálculos utilizado pela poupança na hora de definir os juros. Confira:
- Quando a taxa Selic estiver igual ou menor que 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da Selic + Taxa Referencial (TR);
- Quando a taxa Selic estiver superior a 8,5% ao ano, no entanto, a poupança rende 0,5% ao mês sobre o valor depositado + Taxa Referencial (TR).
Ou seja, tendo vem vista que a TR está zerada há alguns anos, o rendimento da caderneta será baixo, pois, no segundo caso, o seu rendimento será fixado, sem chance de acompanhar as constantes altas que a Selic pode apresentar futuramente.
Sendo assim, o rendimento da poupança fixado em 0,5% mensal quando a Selic estiver acima de 8,5% ao mês fará com que o investidor acabe ganhando menos dinheiro em comparação a um rendimento que acompanha as constantes variações da taxa.