O governo federal lançou em novembro o Auxílio Brasil, substituindo o famigerado Bolsa Família como principal programa de transferência de renda nacional. Um mês antes, em outubro, era finalizado o auxílio emergencial, outra política pública econômica, desta vez voltada para socorrer os cidadãos mais carentes durante a pandemia.
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Cerca de 22 milhões de beneficiários do auxílio emergencial ficaram desamparados financeiramente pelo governo, pois não foram incluídos nos repasses do Auxílio Brasil. Por enquanto, o programa tem beneficiado apenas quem já recebia o antigo Bolsa Família, sem a inclusão de novos assistidos.
Ou seja, microempreendedores individuais (MEIs), desempregados e trabalhadores informais sem Cadastro Único (CadÚnico) ficaram de fora dos pagamentos do novo programa social do governo Bolsonaro. Tal cenário fez com que muitas pessoas aguardassem com expectativa a liberação de uma 8ª parcela do auxílio emergencial, com valores de até R$ 375.
Governo solicita crédito especial para auxílio emergencial
O governo federal enviou recentemente ao Congresso Nacional um projeto de lei que pede a liberação de R$ 2,8 bilhões para financiar uma nova parcela do auxílio emergencial. Por enquanto, a proposta ainda não foi aprovada, mas isso foi suficiente para dar esperança a milhões de brasileiros à espera de novos recursos do programa.
Por hora, o Ministério da Cidadania estima incluir cerca de 2,4 milhões de novas famílias no Auxílio Brasil. O intuito é aumentar a base de cadastrados de 14,5 milhões para 17 milhões o quanto antes. Mas para isso, os cidadãos devem atender a todos os critérios de elegibilidade do programa, a começar pela inscrição no CadÚnico.
Até lá, quem ficou de fora do programa aguarda com ansiedade a aprovação do crédito especial para o pagamento de uma nova parcela do auxílio emergencial. As chances para que isso seja feito ainda este ano são baixas, tendo em vista o período de recesso de parlamentares. Já em 2022, com as eleições, a liberação pode ficar ainda mais complicada.
Lançado em abril de 2020, o auxílio emergencial nasceu com o intuito de minimizar os impactos econômicos advindos com a pandemia da Covid-19. A Caixa Econômica Federal, instituição encarregada dos repasses, pagou um total de 16 parcelas aos beneficiários em dois anos de vigência do programa.