O aumento dos preços no Brasil tem preocupado os consumidores e levado muitas famílias a deixarem de consumir produtos e serviços básicos. O impacto da inflação é sentido principalmente na categoria de alimentos e combustível, mostra um levantamento feito pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
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Segundo a pesquisa, 69% das pessoas entrevistadas acredita que a inflação está prejudicando principalmente o consumo de alimentos e outros produtos de abastecimento doméstico. Outros 42% sentem um impacto maior no preço do combustível.
O Radar Febraban também revela que a principal opção de investimento dos consultados, no caso de sobra de recursos financeiros, é a comprar imóveis. Cerca de 35% escolheria esse tipo de aplicação, o maior percentual registrado desde o início da série histórica.
O ranking segue com os investimentos bancários (22%) em segundo lugar, a reforma da casa (18%) em terceiro, e a aplicação na poupança (18%) em quarto.
“A pesquisa mostra que a percepção sobre a inflação tem peso relevante pelo impacto direto no poder de compra e na qualidade de vida da população, mas, por outro lado, sugere ainda que o desejo dos consumidores em comprar imóvel em 2022 pode animar o setor imobiliário no próximo ano”, afirma o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda, chefe da pesquisa e presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE).
O que mais pesa no bolso?
Confira os resultados da pesquisa que mostra a percepção dos brasileiros sobre os impactos da inflação:
- Principal impacto é no consumo de alimentos e outros produtos de abastecimento doméstico: 69% dos entrevistados;
- Principal impacto é no preço do combustível: 42% dos entrevistados;
- Principal impacto é no pagamento de serviços de saúde e remédios: 19% dos entrevistados;
- Principal impacto é no preço da passagem de transporte público: 6% dos entrevistados;
- Principal impacto é no pagamento da escola, faculdade ou outros serviços de educação: 5% dos entrevistados; e
- Principal impacto é na compra de veículos e imóveis: 4% dos entrevistados.