Trabalhadores com carteira assinada em 2022 devem ficar atentos à nova tabela de contribuição à Previdência, divulgada pelo governo federal nesta quinta-feira, 20. O motivo? As novas faixas já implicarão sobre os salários do mês de janeiro, que geralmente são pagos no começo de fevereiro.
Leia mais: INSS: Reajuste de 10,16% em benefícios acima do mínimo eleva teto a R$ 7.087
Sobre as competências para quem é trabalhador formal incidem os descontos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do Imposto de Renda (IR). Considerando que a tabela do IR não acompanhou a inflação, o contribuinte terá um desconto ainda maior em suas remunerações por mais um ano.
Por exemplo, se um trabalhador ganha R$ 7 mil, ele terá de pagar uma contribuição de R$ 816,18 ao INSS. No caso do Imposto de Renda, a quantia será R$ 831,19, totalizando R$ 1.647,37 em descontos. Ao final, o salário líquido desse trabalhador será de R$ 5.352,63.
Novo salário mínimo
A alteração na tabela de contribuição leva em conta o valor do novo salário mínimo, que passou de R$ 1.100 para R$ 1.212 em 2022.
Além disso, as outras faixas salariais tiveram reajuste de 10,16%, resultado da inflação 2021 medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – ele também será usado no reajuste aplicado em pensões, aposentadorias, auxílios e demais benefícios do INSS com valor acima do piso nacional.
Lembrando que após a reforma da Previdência, a conta da contribuição previdenciária passou a ser progressiva. A cada parcela do salário é aplicada uma alíquota equivalente, que oscila entre 7,5% e 14%.
No caso dos trabalhadores formais que contribuem pelo teto do INSS, as contribuições mensais em 2022 serão de R$ 828,39, considerando a subida do valor máximo pago pelo INSS aos segurados, que passou a ser de R$ 7.087,22.
