O salário mínimo de 2022 teve reajuste de R$ 112 em relação ao valor adotado no ano passado. A correção entrou em vigor no dia 1º de janeiro, após a medida provisória de nº 1.091 ser assinada pelo presidente Jair Bolsonaro.
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O novo piso nacional de R$ 1.212 está acima do previsto no Orçamento, mas ainda não é suficiente para cobrir a inflação acumulada em 2021. Isso porque o governo adotou uma previsão de Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) a 10,02%, enquanto o indexador fechou o ano em 10,16%.
Para cumprir o que determina a Constituição e repor as perdas inflacionárias, o salário mínimo deveria ter subido para R$ 1.229 em janeiro. Este é o segundo ano consecutivo que a correção do piso fica aquém da inflação acumulada.
“A partir de 1º de janeiro de 2022, o salário mínimo será de R$ 1.212,00 (mil e duzentos e doze reais). (…) Em decorrência do disposto no caput, o valor diário do salário mínimo corresponderá a R$ 40,40 (quarenta reais e quarenta centavos) e o valor horário, a R$ 5,51 (cinco reais e cinquenta e um centavos)”, diz a MP publicada no Diário Oficial da União.
Desde o início do governo Bolsonaro, o piso nacional não tem ganho real. O valor é reajustado com base na inflação apenas para evitar perda no poder de compra dos brasileiros.
Além da remuneração de milhares de trabalhadores, a mudança também afeta benefícios do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), como aposentadorias, pensões e BPC, além do abono salarial PIS/Pasep.