O Cadastro Único (CadÚnico) é uma ferramenta muito importante para os brasileiros que possuem baixa renda, não apenas para o recebimento dos benefícios, mas também para que o governo tenha conhecimento da quantidade de famílias que precisam de algum tipo de apoio social. Por meio desse cadastro, é possível o fortalecimento e a criação de novas políticas públicas.
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O CadÚnico também serve como uma inscrição simplificada para os programas sociais do governo. Desta forma, os órgãos públicos, estados, municípios ou a própria União tem a possibilidade de acessar as informações para decidir se o cidadão pode ou não receber determinados benefícios ou participar de algum programa social. O Auxílio Brasil é um exemplo de programa social que coleta os dados do CadÚnico.
É possível fazer a inscrição no CadÚnico pela internet?
A resposta é não. A única forma de se inscrever no Cadastro Único é presencialmente, nos postos de atendimento CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) ou no Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Outros postos de atendimento também podem ser montados pela prefeitura, inclusive alguns específicos para atender beneficiários do Auxílio Brasil ou para o CadÚnico, se necessário.
Veja o passo a passo para se inscrever
Antes de mais nada, procure um posto de atendimento. Cada município pode organizar a inscrição no Cadastro Único de forma autônoma. Por isso, cada cidade oferece uma forma diferente de atendimento, mas em todos os casos a inscrição deve ser feita de forma presencial.
É necessário levar os documentos da família
Para realizar a inscrição no CadÚnico, o responsável pela família, que precisa ter mais de 16 anos de idade e prioritariamente ser mulher, deve levar os seguintes documentos:
- Certidão de Nascimento
- Certidão de Casamento
- Cadastro de Pessoa Física (CPF)
- Carteira de Identidade (RG)
- Carteira de Trabalho
- Título de Eleitor
- Registro Administrativo de Nascimento Indígena (RANI), para beneficiários indígenas
O cadastro pode ser feito mesmo sem esses documentos, mas não será possível participar de nenhum programa social até que a situação se regularize.
Em seguida, o responsável passará por uma entrevista. Neste momento, serão feitas algumas perguntas pelo entrevistador para obter mais informações sobre a família. Veja alguns exemplos de questões comuns nesta etapa:
- Quais são os integrantes do núcleo familiar?
- Como é a casa em que vivem?
- Existem crianças, pessoas com deficiência, grávidas ou nutrizes?
- Os membros da família trabalham? Se sim, é com carteira assinada?
- Quanto a família recebe por mês, juntando todos os ganhos?
O entrevistador pode fazer essas e outras perguntas também, se julgar necessário. Com essas informações completando o cadastro da família, o governo poderá entender melhor a realidade de cada membro familiar. Por isso, é muito importante manter esses dados sempre atualizados.
Criação de um NIS
Após isso, a família receberá um Número de Identificação Social (NIS) em até 48 horas. Esse é o número usado nos programas sociais para a identificação das famílias. O Auxílio Brasil, por exemplo, faz os seus depósitos conforme o final do NIS de cada participante, de forma que sempre recebem primeiro aqueles com NIS de final 1.
Quem pode se inscrever no CadÚnico?
O Cadastro Único tem o objetivo de identificar famílias que precisam de apoio do governo. Por isso, esta ferramenta se destina aos seguintes grupos sociais:
- Famílias que com uma renda de até meio salário mínimo por pessoa, ou seja, de R$ 606.
- Famílias que possuem uma renda total de até três salários mínimos, ou seja, de R$ 3.636.
- Pessoas em situação de rua, seja uma pessoa sozinha ou uma família.
As pessoas que não fazem parte de nenhum dos grupos mencionados, mas precisam da ajuda do Governo, também precisam do CadÚnico para entrar em algum programa social. Portanto, é recomendável que o responsável se dirija ao CRAS para obter mais informações sobre o procedimento.
