Pelo terceiro ano consecutivo, o governo federal decidiu antecipar o pagamento do 13º salário do INSS (Instituto Nacional do Segundo Social). O objetivo da medida é injetar cerca de R$ 56 bilhões na economia do país, que sofre com os impactos da pandemia e com as consequências do conflito entre Rússia e Ucrânia.
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Cerca de 36 milhões de aposentados, pensionistas e beneficiários de outros auxílios serão contemplados. Embora o alívio imediato no orçamento seja positivo, especialistas temem os reflexos da antecipação no fim do ano.
As parcelas, que costumam ser pagas em agosto e novembro, serão depositadas em abril e maio. O medo é que esses segurados fiquem sem renda perto do Natal e acabem se endividando.
14º salário do INSS
A solução encontrada por alguns parlamentares foi a criação do 14º salário do INSS, também conhecido como abono extra. O benefício é tema de dois projetos de lei no Congresso Nacional, sendo um apresentado pelo deputado Pompeo de Mattos e outro pelo senador Paulo Paim.
O plano é pagar um salário adicional com valor igual ao de aposentadorias, pensão por morte, auxílio-acidente, auxílio-doença e auxílio-reclusão. Na proposta que tramita da Câmara, os pagamentos foram marcados para 2022 e 2023.
Chances de aprovação
Embora sejam muito relevantes no sentido de evitar prejuízos para os aposentados e pensionistas, as propostas seguem paradas e não devem ser aprovadas. No caso do texto de autoria do deputado Paulo Paim, o primeiro repasse deveria ter ocorrido agora no mês de março.
A expectativa da categoria é que a antecipação do 13º salário seja suficiente para pressionar o governo por novas medidas voltadas aos segurados do INSS. Para muitos, o grupo é usado sempre que a economia do país precisa de socorro, mas pouco lembrado quando é ele que necessita de ajuda.
