O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) apresentou uma proposta para facilitar o acesso da população de baixa renda ao financiamento imobiliário. A medida aumenta o limite de renda familiar para enquadramento no grupo 1 do programa Casa Verde e Amarela.
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O projeto foi aprovado pelo Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). A partir de agora, famílias com renda bruta mensal de até R$ 2,4 mil entram na primeira categoria. Até então, o limite era de R$ 2 mil.
Em meio ao um cenário de taxa básica de juros (Selic) e inflação elevadas, o número de financiamentos para esse público têm caído bastante. O governo teme que essa situação possa dificultar cada vez mais o acesso dessas pessoas a empréstimos para conseguir a tão sonhada casa própria.
Segundo dados da pasta de Desenvolvimento Regional, 149.805 unidades de imóveis foram contratadas em 2018, conta apenas 80.299 em 2021. Do total de R$ 8,5 bilhões reservados pelo FGTS para concessão de descontos em financiamentos habitacionais, cerca de R$ 1,4 bilhão não foi usado em 2021.
Casa Verde e Amarela 2022
O governo espera que a mudança facilite a utilização integral dos mesmos R$ 8,5 bilhões destinados para o setor em 2022. Atualmente, o subsídio máximo do programa chega a R$ 47,5 mil.
O Ministério estima que famílias com renda mensal de R$ 2,2 mil que moram em Natal (RN) vão receber subsídios de R$ 42,548 mil após a alteração, frente a R$ 30,928 mil concedidos anteriormente. No Rio de Janeiro (RJ), o valor deve passar de R$ 31,638 mil para R$ 44,508 mil.
Já para a população com renda de R$ 2,4 mil, o desconto vai de R$ 27,833 mil para R$ 39,370 mil em Natal, e de R$ 27,316 mil para R$ 39,945 mil no Rio.