A situação econômica do Brasil pode levar o governo a aprovar uma nova liberação emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, a medida está sendo analisada e deve sair em breve.
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O objetivo dos saques é oferecer recursos para que famílias endividadas paguem suas contas e atravessem esse momento com mais facilidade. “Às vezes, o cara está devendo dinheiro no banco e está credor no FGTS. Por que não pode sacar essa conta e liquidar a dívida dele do outro lado?”, questionou Guedes.
A expectativa é que cada trabalhador terá direito a sacar entre R$ 500 e R$ 1.000, embora os valores ainda devam ser analisados. Isso porque o governo precisa garantir a saúde financeira do fundo após as novas retiradas.
Segundo informações da imprensa, as discussões sobre o assunto já estão bastante avançada. O presidente Jair Bolsonaro pode editar a Medida Provisória (MP) autorizando os novos saques já nos próximos dias.
Motivação eleitoreira
Cerca de 40 milhões de trabalhadores brasileiros estão aptos a realizar o saque emergencial do FGTS, estima o Ministério da Economia. Para os críticos do governo Bolsonaro, a medida tem caráter meramente eleitoreiro.
Em outubro, o atual chefe do Executivo enfrentará o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas. Por isso, a nova liberação é vista por alguns como uma forma de aumentar as intenções de voto em Bolsonaro.
“Considero essa medida totalmente eleitoreira, além de atender o lobby dos banqueiros”, disse o presidente do Instituto Fundo de Garantia do Trabalhador (IFGT), Mario Avelino. Segundo ele, os saques emergenciais do FGTS autorizados pelo governo nos últimos anos têm se mostrado ineficazes, já que a economia não ganhou o impulso prometido.